O delegado Rodrigo Maciel, da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (Dpcami) de Joinville, reconheceu que a captura do casal Aline e Renato Openkoski, que organizou a campanha Ame Jonatas, foi difícil devido às constantes mudanças de endereço dos foragidos. Eles foram condenados por estelionato e apropriação indébita em outubro de 2022 e estavam foragidos.
Após uma busca intensa que durou cerca de dois meses, a policia localizou a dupla escondida em um imóvel no bairro Morro do Meio, onde foram detidos na quarta-feira (22) e encaminhados ao Presídio Regional de Joinville. Aline e Renato receberam penas que, somadas, chegam a 60 anos de prisão em regime fechado.
“Essa parte da investigação levou um tempo porque eles estavam tentando escapar a todo custo da prisão. Era uma sentença condenatória, por isso, a saída que eles tinham era tentar driblar a Justiça e a polícia o quanto pudessem. Eles tinham vários endereços de cadastro: em Balneário Camboriú, em Camboriú. A gente procurou eles também em Barra Velha na casa da mãe de um deles”, explicou o delegado.
A busca pelo casal envolveu a verificação de múltiplos endereços e o monitoramento de possíveis esconderijos, até que finalmente foram encontrados em Joinville.
O advogado do casal, Emanuel Stopassola, afirmou que irá assegurar o devido processo legal para seus clientes. “Será defendido o devido processo legal, o contraditório, a ampla defesa e todos os meios de provas e recursos inerentes”, declarou Stopassola, destacando que todas as medidas legais serão tomadas para garantir a justiça.
A campanha Ame Jonatas, inicialmente criada para ajudar uma criança doente, ganhou notoriedade, mas acabou se revelando um esquema de fraude que prejudicou muitos doadores e abalou a confiança pública em campanhas de arrecadação de fundos. Com a prisão de Aline e Renato, as autoridades esperam concluir o caso e proporcionar alguma medida de justiça para as vítimas do golpe.