Após determinação da Justiça, o casal Renato e Aline Openkoski, menino diagnosticado com AME responsáveis pela campanha “Ame Jonatas”, foram presos em Joinville.
Segundo a Justiça, a prisão ocorreu em virtude do trânsito em julgado da sentença penal condenatória por estelionato e apropriação indébita.
Nesta quarta-feira (22), eles foram capturados para o cumprimento definitivo da pena e submetidos à audiência de custódia no juízo do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e Criminal contra a Criança e Adolescente.
Na decisão publicada em outubro de 2022, lhes foi concedido o direito a recorrer em liberdade.
Agora, superada a fase, a Renato foi imputada a pena definitiva de 38 anos, dois meses e 10 dias de reclusão em regime fechado.
Aline foi condenada a pena privativa de liberdade de 22 anos, sete meses e 10 dias de prisão em regime fechado.
Eles são pais do menino diagnosticado em 2017 com AME (atrofia muscular espinhal) e responsáveis pela campanha denominada “AME Jonatas”.
Consta nos autos que a campanha teve início com o objetivo de arrecadar fundos para o tratamento de saúde do menino diagnosticado como portador de AME do tipo 1.
A indicação naquele caso era o uso da vacina Spinraza, na data importada dos Estados Unidos, com um custo estimado de cerca de R$ 3 milhões.
A campanha para salvar o pequeno rompeu as fronteiras da cidade, chegando a sensibilizar colaboradores de diversas partes do mundo arrecadando – aproximadamente – o valor inicialmente desejado já nos primeiros meses de divulgação.
Porém, mesmo após o vultuoso recebimento, os réus mantiveram a campanha e utilizaram parte do montante para compra de serviços e bens de uso pessoal que em nada se relacionavam ao tratamento médico do filho.