Bombeiro militar vai treinar cão de busca e salvamento em Jaraguá do Sul

Os cães de busca e salvamento começam o treinamento aos 15 dias de vida | Foto: CBMSC/Divulgação

Por: Claudio Costa

13/04/2019 - 05:04 - Atualizada em: 22/04/2019 - 09:35

O Corpo de Bombeiros Militar (CBMSC) conta com um recruta muito fofo. O filhote da raça labrador é a aposta da corporação para suprir a necessidade de um cão de busca e resgate em Jaraguá do Sul e região.

O cãozinho é resultado da cruza de dois cães que já atuam na corporação, ou seja, traz no seu perfil genético qualidades já presentes nos pais.

Os pais do bichinho foram escolhidos pelo seu desempenho em campo. Eles são Malu, que atuou na tragédia do Morro do Baú, em 2008, e Iron, um dos animais destacados para realizar buscas no rompimento da barragem de Brumadinho, em janeiro deste ano.

Da ninhada de cinco cães, apenas dois sobreviveram, um deles foi destacado para atuar em apoio a ocorrências atendidas pelo Grupo de Resposta e Ações Coordenadas (Grac) de Jaraguá do Sul.

“O resgate com cães no Corpo de Bombeiros Militar já está no 16º ano e a gente já teve as primeiras ninhadas com cães adquiridos em canis.

 

Com o passar do tempo, os bombeiros militares se preocuparam em manter uma ninhada de cães de busca, reproduções com cães com experiência operacional.

 

Os cães reprodutores desta ninhada foram escolhidos através de um levantamento genético feito no ano passado”, explica o comandante do 3º pelotão da 4ª companhia do 7º Batalhão do CBMSC, tenente Tiago José Domingos.

O cachorro que vai atuar em Jaraguá do Sul tem 12 dias de vida. A ninhada nasceu no 14º Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar, em Xanxerê, referência no treinamento de cães de busca e resgate em toda Santa Catarina.

Domingos atuava no batalhão e foi destacado há cerca de um mês para comandar a unidade responsável pela Seção de Atividades Técnicas, que realiza as vistorias para emissão de alvarás e outros serviços na cidade.

Treinamento e atuação

Os animais de busca e salvamento começam o treinamento aos 15 dias de vida. Após o trabalho de seleção, os filhotes são estimulados a desenvolver suas capacidades naturais.

Antes mesmo de ser afastado da mãe, o cachorrinho tem que ultrapassar obstáculos, subir morros e é colocado longe da cadela genitora. Depois, o faro é aperfeiçoado com o uso de essências.

Daqui a cerca de 30 dias, o filhote vai passar a morar com Domingos, que vai cuidar do adestramento do cão.

Inicialmente, o animal vai atuar em busca e salvamento de pessoas desaparecidas, pessoas que se perderam na mata ou saíram de casa por problemas psicológicos, além de idosos com Alzheimer, umas das ocorrências com mais chamados na atividade.

“Os cães formados sabem qual é o cheiro de uma pessoa”, comenta o oficial, ao ressaltar que o animal também deve atuar na terapia assistida de pacientes internados em hospitais da região.

 

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