A mãe e o padrasto de uma criança de 3 anos que chegou morta a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em Alvorada (RS), no mês passado, foram presos preventivamente na manhã deste sábado (11) por tortura com resultado morte. As informações são do portal G1.
O caso foi definido como uma “barbárie” pela delegada responsável, Jeiselaure de Souza.
Lilian Dias da Silva, de 24 anos, foi presa em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, enquanto que Anderson Borba Carvalho Júnior foi localizado em Palhoça (SC).
“Temos configurada, infelizmente, uma barbárie. Não tenho outra palavra para isso. Uma criança que sofreu uma tortura na mão daqueles que deveriam amá-la e protegê-la”, diz a delegada Jeiselaure de Souza.
Tanto o advogado Jefferson William de Freitas Farias, que representa Lilian, como Árima da Cunha Pires, que defende Anderson, disseram que ainda não tiveram acesso aos autos e, por isso, não irão se manifestar.
O caso aconteceu em 31 de maio na cidade da Região Metropolitana de Porto Alegre. Segundo a polícia, os médicos que atenderam a menina confirmaram que ela já chegou morta à UBS, com vários hematomas. Na ocasião, mãe e padrasto alegaram que as lesões eram de quedas em brincadeiras da criança.
De acordo com a delegada, os exames realizados na menina mostraram múltiplas lesões e fraturas, antigas e atuais, marcas de queimadura, e uma severa hemorragia abdominal.
A polícia ainda destaca que a criança foi submetida a violência, ameaça, agressão física, privações, negligência e intenso sofrimento físico e mental, ao longo de mais de dois anos de relacionamento do casal.
