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PF faz nova operação contra oito investigados de fraudes no INSS

Foto: Divulgação/PF

Por: Ewaldo Willerding Neto

24/04/2025 - 10:04 - Atualizada em: 24/04/2025 - 10:21

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta (24) mais uma operação contra grupos criminosos suspeitos de fraudar benefícios do INSS, com o cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão no estado de Roraima.

De acordo com as primeiras informações da Operação Cessatio, o grupo é suspeito de fraudar o pagamento do Benefício Assistencial à Pessoa Idosa (BPC-Loas) a venezuelanos que vivem no estado. Os mandados são cumpridos nas cidades de Boa Vista e Pacaraima contra oito investigados, sendo sete deles escritórios de advocacia.

“Agenciadores cooptavam idosos venezuelanos ainda na Venezuela, falsificavam documentos e cadastros para garantir o acesso ao BPC-Loas. Após isso, muitos retornavam ao país de origem, mas continuavam recebendo o benefício irregularmente”, disse a autoridade em nota.

A Polícia Federal informou que as investigações desta operação se originaram no desmembramento de informações da Operação Ataktos, deflagrada em 2024, e de denúncias sobre beneficiários que não residiam no Brasil.

“Foi identificada a atuação de diversos grupos criminosos, organizados e independentes, que obtinham o benefício de forma fraudulenta”, pontuou.

A autoridade, no entanto, não confirmou se essa operação tem ligação com a realizada na quarta (23) que descobriu um esquema de cobrança ilegal de benefícios a aposentados e pensionistas que teria movimentado R$ 6,3 bilhões.

Na operação desta quinta (24) em Roraima, a Justiça Federal determinou o bloqueio de bens e valores dos investigados equivalentes a R$ 16 milhões, e aplicou medidas cautelares, como a suspensão de atividades econômicas.

Entre os investigados está um delegado da Polícia Civil aposentado, suspeito de “garantir centenas de benefícios irregulares”.

A Polícia Federal informou que esta é a sexta operação em Roraima para combater fraudes na concessão do BPC. Os investigados poderão responder por estelionato majorado, associação criminosa e outros crimes que surgirem no curso das apurações.

* Com informações da Gazeta do Povo.

 

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Ewaldo Willerding Neto

Jornalista formado pela UFSC com 30 anos de atuação.