O que pensam os deputados eleitos pela região que tomam posse nesta sexta-feira (1º)

Fotos Arquivo OCP News

Por: Elissandro Sutil

01/02/2019 - 08:02 - Atualizada em: 01/02/2019 - 08:39

Passados 31 dias de 2019, os três deputados eleitos pela microrregião do Vale do Itapocu tomam posse nesta sexta-feira (1º) para seus mandatos na Alesc (Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina) e no Congresso Nacional.

 

 

Carlos Chiodini e Fábio Schiochet rumam à Brasília, enquanto Vicente Caropreso segue para a capital catarinense.

Saiba o que pensam os três deputados eleitos pela região e que tomam posse nesta sexta-feira para seus quatro anos de trabalho junto aos governos estadual e federal.

Deputados Federais – Chiodini e Schiochet

Bolsonaro

Foto: Divulgação

Carlos Chiodini

“O governo na área econômica caminha de uma forma correta, de discurso, e que agora tem que mostrar de forma prática, que são as reformas, construir politicamente e explicar todas as ideias para a sociedade brasileira.

 

Creio que o governo precisa melhorar a articulação, ainda tem muito erro de principiante, nomeia, desliga, um fala uma coisa, outro fala outra. Mas vamos lembrar que são apenas 25 dias, é preciso dar tempo.”

Fábio Schiochet

“Quem acompanhou o que a gente via, de 2003 para frente, até o fim do PT no poder, a conversa já voltou a ser uma conversa séria. O investidor externo voltou a acreditar no nosso mercado interno. Estou muito feliz com as medidas do Bolsonaro, com os ministros que ele escolheu.

 

Já conversamos com quase todos os ministros. Com o Onyx, a conversa é de cortar cargos, enxugar a máquina, fazer acontecer. Estou muito confiante no governo de Jair Bolsonaro, como também estou confiante em relação ao governo de Carlos Moisés.”

Reforma da Previdência

Foto Arquivo/Agência Brasil

Carlos Chiodini

“Eu vejo que existem duas reformas super importantes para o ambiente econômico e desenvolvimento do país. A reforma da previdência está na frente na fila.

 

Eu sou favorável à reforma da previdência por dois fatores. Primeiro, o comprometimento da arrecadação do país com pagamento de salário, aposentadoria e pensões.

 

Esse ano, 93% de tudo que o governo arrecada vai para essa finalidade, custeio da máquina, pensões, aposentadoria e salários de servidores públicos. Mas no último ano do governo Bolsonaro, esse percentual vai para 98,5%.

 

Eu confio na equipe econômica do Bolsonaro, mas digo: o Brasil é um só. A reforma tem que envolver todos. Se um pedreiro, uma cozinheira, tem que trabalhar até 65, 67, 62 anos, os militares e servidores da área pública também. Nós vamos cobrar.”

Fábio Schiochet

“Eu concordo 100% com a reforma da Previdência, ela tem que acontecer. Vai ser um divisor de águas no Brasil, antes da reforma e depois da reforma.

 

Se aquela pessoa que trabalhou 35, 40 anos, está com 65 anos ganhando R$ 1.000 por mês vai ter que contribuir, o juiz, e eu não vou tirar o mérito do judiciário, mas que se aposentar com R$ 25 mil, R$ 30 mil, R$ 100 mil por mês, dependendo da situação, também. Sou favorável à reforma com todas as classes.

 

A dos militares que a gente tem que ter um pouquinho mais de cuidado, militar não tem 13º, militar não pode ficar junto no sindicato, militar não tem hora extra, a gente teria que ter mais cuidado com essa situação.”

Rodovia BR-280

Foto: Arquivo/Eduardo Montecino

Carlos Chiodini

“Primeiro, para contextualizar, essa é grande bandeira, a bandeira majoritária do nosso mandato. Essa obra é imprescindível para o Vale do Itapocu, para o Norte, para o Planalto Norte e para o desenvolvimento do Estado.

 

Estudos comprovam que os municípios que estão nas margens da BR-101 duplicada cresceram até 400% a mais do que as regiões que têm difícil acesso, como é o nosso caso.

 

Essa obra precisa acontecer, ou ficaremos estagnados. O presidente Bolsonaro fez uma média de 80% dos votos na região, então a gente imagina que teremos esse respaldo.

 

Essa é a dívida do governo com Santa Catarina. Vamos já no início do mandato reabrir a Frente Permanente pela 280, pedindo apoio para todos deputados e senadores catarinenses.”

Fábio Schiochet

“A nossa linha principal de trabalho será essa. Um ponto que a gente bateu muito foi sobre a necessidade da obra não parar. A notícia boa é que R$ 65 milhões foram garantidos para continuar essa obra. Eu posso falar que essa obra é um compromisso meu como jaraguaense.

 

Eu bati muito na minha campanha sobre esse assunto. Já estou fazendo e mostrando.

 

A gente sabe que o Estado está sem dinheiro, hoje a nossa prioridade é a saúde, então, uma proposta que eu fiz e que o governador acatou, a gente vai começar esse trabalho já, é para esse trecho voltar para União.

 

Temos dois deputados federais, eu e o Carlos Chiodini, podemos ficar em cima mostrando a importância da obra.”

Corte de verbas

Foto Divulgação

Carlos Chiodini

“O deputado federal precisa de uma estrutura para realizar seu trabalho. Tem que manter um gabinete funcionando em Brasília com pessoas competentes, tem que manter uma representação regional.

 

Eu vou fazer o possível para ter a menor despesa fixa, sei que existem custeios de locomoção e de mandato exagerados. E

 

u ainda não assumi, não conheço detalhadamente a estrutura, mas me comprometo em ser transparente.”

Fábio Schiochet

“Com certeza, eu vejo que é muito privilégio, por exemplo, hoje, a princípio, eu teria direito a ter 24, 25 assessores com uma folha de pagamento de R$ 106 mil por mês.

 

Nosso quadro está fechado com 16 pessoas, que vão dar suporte em Brasília e na base aqui em Santa Catarina.

 

Eu comecei já cortando gastos, dentro do meu próprio gabinete, são quase 10 pessoas que eu teria direito de indicar. A máquina tem que ser mais enxuta e os deputados precisam perder um pouco dos benefícios.”

Deputado estadual – Caropreso

 Governador Moisés

Foto Julio Cavalheiro/Secom

“Temos visto indicações do PSL que não se diferenciam do que faziam o PSD, PMDB, os outros partidos.  Mas em parte algumas coisas estão mudando, temos a mensagem já inicial de fechamento das ADRs, que era algo que era solicitado e esperamos que isso tudo resulte em sobra de recursos para melhor aplicação em áreas cruciais.

 

O grau de aprovação é muito alto. A responsabilidade é grande em pessoas que estão adquirindo experiência dentro do poder, na vigência, isso preocupa um pouco porque o Estado não pode ficar parado meses ou semanas em áreas cruciais à espera de experiência e de decisões acertadas.

 

Nós esperamos que essas decisões venham já com o respaldo do número de votos que eles receberam. É isso que a gente espera, vamos cobrar.”

Escola Sem Partido

Foto Divulgação

“Se nós taparmos a boca dos mestres, nós vamos estar comprometendo o nosso futuro. Então, nem tanto a Pedro e nem tanto a Paulo, nós não podemos botar um esparadrapo na boca de professor.

 

Portanto, eu não serei de jeito nenhum a favor de uma escola sem partido completamente. Eu sou pela defesa dos princípios da própria educação que prevê pluralidade de pensamentos.

 

Assim que a gente vai saber do que é certo o que é errado no caminho da vida.”

Disque Denúncia contra professores

Foto Arquivo/OCP News

“Eu não posso admitir que o pensamento de cada um seja motivo de algum tipo de constrangimento porque daí realmente tem que encerrar a educação e apenas colocar um chip na pessoa e mandar ela olhar para frente. Isso não vai ter nunca minha aprovação, nunca.”

Federalização do trecho urbano da rodovia BR-280

Foto: Arquivo/Eduardo Montecino

“Quem sabe seja a saída porque dinheiro do Estado para obra, só vislumbrando o empréstimo do BNDS. O projeto está pronto, aliás, a obra está licitada e foi parada por falta de recursos.

 

Recursos esses que eram para terem sido deixados à disposição aqui da região e a gente soube que no mesmo tempo foram inauguradas e edificadas obras no sul do Estado. Então realmente é um problema sério; se nós quisermos essa obra vamos ter que ter força política.

 

Eu coloquei isso já também para o governador e para a vice-governadora, antes da posse, que se o governo quer nosso apoio terá que dar demonstração de prestígio para região.”

Reforma da Previdência

Foto: Arquivo/Agência Brasil

“A reforma da previdência tem que ser baseada justamente na parte pública da previdência porque é ali onde ocorrem as maiores distorções, incluindo os militares.

 

Acho que todos nós temos que sofrer. Todos devem entrar no mesmo barco. Eu pertenço a um país que não é um país de A, B, C ou D, tem que ser tudo do mesmo jeito, doa a quem doer.”

 

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