Khalil Al-Hayya, chefe da delegação de negociadores do Hamas no Egito, declarou que o grupo firmou um acordo de cessar-fogo permanente com Israel, e consequentemente um fim definitivo para a guerra que completou dois anos nesta quarta-feira (8).
Segundo Al-Hayya, os mediadores do acordo de paz (Estados Unidos, Catar e Egito) deram garantias de que os pontos do acordo serão cumpridos por Israel.
“Recebemos garantias dos irmãos mediadores e da administração americana, todos confirmando que a guerra terminou completamente, e continuaremos a trabalhar com as forças nacionais e islâmicas para completar as etapas restantes, trabalhar para alcançar os interesses do povo palestino, sua autodeterminação e a realização de seus direitos até o estabelecimento de seu Estado independente, com Jerusalém como capital”, declarou o chefe da equipe de negociadores do Hamas.
A primeira parte do acordo prevê que os reféns israelenses sejam libertados de Gaza, em troca de quase 2 mil prisioneiros palestinos detidos por Israel.
Al-Hayya adicionou que o acordo prevê ainda retirada gradual de tropas israelenses do enclave e a entrada de ajuda humanitária na região.
O acordo prenuncia um fim ao conflito iniciado após uma série de ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, no feriado judeu de Simhat Torah, resultando em quase 1.200 israelenses mortos, com massacres registrados em 21 comunidades.
Os ataques, a primeira invasão a Israel desde 1948, foram retaliados duramente com bombardeios e operações militares de Israel, levando ao acirramento de conflitos territoriais entre Israel e Palestina; estimativas apontam para mais de 90 mil palestinos mortos diretamente desde o início do conflito atual, que destruiu entre 45 e 55% de toda a infraestrutura de gaza. .
O plano de paz aprovado nesta quarta-feira foi proposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e depende agora da aprovação do Gabinete de Israel.