Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

Negociador do Hamas anuncia acordo para cessar fogo, dando fim à guerra com Israel

Foto: Arquivo pessoal

Por: Pedro Leal

09/10/2025 - 16:10 - Atualizada em: 09/10/2025 - 16:42

Khalil Al-Hayya, chefe da delegação de negociadores do Hamas no Egito, declarou que o grupo firmou um acordo de cessar-fogo permanente com Israel, e consequentemente um fim definitivo para a guerra que completou dois anos nesta quarta-feira (8).

Segundo Al-Hayya, os mediadores do acordo de paz (Estados Unidos, Catar e Egito) deram garantias de que os pontos do acordo serão cumpridos por Israel.

“Recebemos garantias dos irmãos mediadores e da administração americana, todos confirmando que a guerra terminou completamente, e continuaremos a trabalhar com as forças nacionais e islâmicas para completar as etapas restantes, trabalhar para alcançar os interesses do povo palestino, sua autodeterminação e a realização de seus direitos até o estabelecimento de seu Estado independente, com Jerusalém como capital”, declarou o chefe da equipe de negociadores do Hamas.

A primeira parte do acordo prevê que os reféns israelenses sejam libertados de Gaza, em troca de quase 2 mil prisioneiros palestinos detidos por Israel.

Al-Hayya adicionou que o acordo prevê ainda retirada gradual de tropas israelenses do enclave e a entrada de ajuda humanitária na região.

O acordo prenuncia um fim ao conflito iniciado após uma série de ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, no feriado judeu de Simhat Torah, resultando em quase 1.200 israelenses mortos, com massacres registrados em 21 comunidades.

Os ataques, a primeira invasão a Israel desde 1948, foram retaliados duramente com bombardeios e operações militares de Israel, levando ao acirramento de conflitos territoriais entre Israel e Palestina; estimativas apontam para mais de 90 mil palestinos mortos diretamente desde o início do conflito atual, que destruiu entre 45 e 55% de toda a infraestrutura de gaza. .

O plano de paz aprovado nesta quarta-feira foi proposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e depende agora da aprovação do Gabinete de Israel.

Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).