Pais de alunos de escolas particulares de Jaraguá do Sul realizaram uma manifestação na tarde desta quinta-feira (8). O grupo pede que o governo do Estado revise a classificação do município no mapa de risco para Covid-19 e defende um retorno integral das aulas presenciais.

O movimento aconteceu em frente ao Fórum durante uma audiência de conciliatória com representantes do governo estadual por conta da Ação Civil Pública ingressada pela Prefeitura de Jaraguá do Sul. A ação pede que a microrregião que compreende a Associação dos Municípios do Vale do Itapocu (Amvali) seja separada da região Nordeste na classificação de risco.

Atualmente, o município está classificado como de risco grave (cor laranjada) por pertencer a essa macrorregião que conta com grandes cidades, como Joinville, que estão com alta proliferação do coronavírus. Isoladamente, os índices municipais resultariam em uma classificação de menor risco.

“Deve-se colocar Jaraguá do Sul no amarelo para poderem voltar as aulas. Já liberaram diversas atividades essenciais e não essenciais. Só as escolas que não voltaram. E consideramos a atividade mais importante”, comenta a advogada e mãe, Daniele Tavares Fernandes.

Pela portaria nº 778, lançada na terça-feira (9) pelo Estado, o retorno às atividades presenciais nas escolas públicas e privadas em Santa Catarina pode acontecer nas cidades com risco alto (cor amarela).

No entanto, ainda não existe regulamentação para retorno integral: apenas escalonado, turma por turma com intervalos de sete dias, ou para atividades de reforço educacional.

“As escolas não podem estar atreladas e esse tal mapa sanitário, que não tem cabimento nenhum. Jaraguá do Sul está hoje com 96 casos, nenhuma criança na UTI ou que faleceu da doença e todas as crianças da cidade sem aulas. Não podem ir para escola, mas estão em shoppings, parques, supermercados, restaurantes, etc”, comenta Daniele.

Na opinião da mãe, a educação não está sendo tratada como prioridade pelo governo do Estado.

O Sindicato das Escolas Particulares de Santa Catarina (SINEPE/SC) também se posicionou favoravelmente a um retorno das aulas.

“O retorno às aulas pretendido pelo governo do Estado, por grupos e regiões, é uma ideia que não tem sustentação alguma. É um retrocesso, baseado em opiniões, sem nenhum lastro científico, e acaba prejudicando as crianças, em especial, as quais são aqueles que mais têm necessidade de retorno imediato à escola”, declarou o presidente Marcelo Batista de Sousa.

 

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