A proposta do governo federal de alterar o processo de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), dispensando a obrigatoriedade das autoescolas, pode levar a perda de 300 mil empregos e por em risco 15 mil empresas em todo o país, segundo o presidente da Federação Nacional das Autoescolas (Feneauto), Ygor Valença.
As informações são da CNN.
O projeto ainda está em etapa de consulta pública, e visa simplificar o processo de habilitação e reduzir custos.
No lugar das autoescolas, candidatos poderiam escolher entre aulas presenciais em centros de formação, cursos digitais oferecidos pela Senatran ou acompanhamento de instrutores autônomos credenciados.
Para Valença, o texto apresentado não traz modernização nem desburocratização; além disto, ele afirma que o modelo proposto pelo governo aumentaria o risco nas ruas.
A proposta, que promete reduzir em até 80% o custo da CNH, é vista pela Feneauto como uma medida populista, e o projeto deveria focar em fiscalização, educação e treinamento, não em flexibilizar a formação.
Mesmo que a minuta avance após o período de consulta pública, Valença acredita que há caminhos legais para impedir a implementação do modelo; A federação também trabalha politicamente em Brasília para construir alternativas.