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Avaliação negativa recua, mas para mais de um terço da população, governo mais erra que acerta, aponta pesquisa

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Por: Pedro Leal

17/06/2025 - 18:06 - Atualizada em: 17/06/2025 - 18:48

A avaliação negativa do governo de Luiz Inácio Lula da Silva caiu de 44% em fevereiro para 40,4% em junho, segundo pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira (17). As informações são do Estado de São Paulo.

A queda na avaliação negativa não significa um aumento na avaliação positiva do governo; No mesmo período, a avaliação positiva oscilou de 28,7% para 28,6%. A alteração se deu primariamente na parcela que considera a gestão regular, que saiu de 26,3% para 29,6%.

Todas as oscilações ocorreram dentro da margem de erro do levantamento, de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para menos. A pesquisa envolveu 2.002 entrevistas presenciais e a domicílio entre 11 a 15 de junho. O nível de confiança é de 95%.

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A avaliação positiva inclui duas categorias: ótimo (8,3%) e bom (20,3%). A negativa engloba ruim (10,3%) e péssimo (30,1%).

Na edição deste mês, 1,4% dos entrevistados não souberam informar sua opinião, ou não responderam.

Para 35,3% da população, a maioria das decisões de Lula no governo é ruim. Outros 37,0% consideram que são boas e ruins igualmente, e 24,5%, que a maioria das decisões é positiva.

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Dois a cada cinco brasileiros (40,2%) acham que o país sairá pior ao final do mandato de Lula, enquanto 29% acham que estará igual e 27,6%, que estará melhor.

Para pouco mais de um terço da população (33,6%) a resposta do governo ao escândalo dos descontos indevidos no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi ruim. Outros 23,8% avaliam que a condução foi positiva e 27,2%, que não foi positiva nem negativa.

Questionado sobre quem é responsável pela fraude, 19,4% apontam o governo federal, atrás dos servidores públicos e gestores do INSS envolvidos (23,6%) e os que culpam “todos”, inclusive os sindicatos e o governo anterior (25,5%).

Individualmente, os sindicatos são responsabilizados por 10% e a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, por 7,8%.

A nível regional, a avaliação positiva do governo é maior no Nordeste (41%), e menor no Sudeste (23%).

As duas regiões também concentram a menor e a maior parcela de pessoas que têm opinião negativa sobre o governo, de 26% e 47%, respectivamente.

A avaliação positiva somou 28% no Norte/Centro-Oeste, e 24% no Sul; a opinião negativa foi de 44% e 41%, respectivamente, nas duas regiões.

A opinião favorável ao governo é maior entre pessoas que concluíram até o ensino fundamental (43%) do que entre quem concluiu o ensino médio (22%) e o superior (20%).

Já a avaliação negativa é de 33% entre os que tem ensino fundamental, 44% entre os que tem ensino médio e 53% entre os que completaram o ensino superior.

Por renda, a população que ganha menos de dois salários mínimos e avalia o governo positivamente é de 35%, contra 23% dos que ganham entre dois e cinco salários mínimos, e dos que ganham mais de cinco salários mínimos. Nesses grupos, a avaliação negativa é de 33%, 44% e 53%, na ordem.

Entre os católicos, 33% avaliam o governo positivamente, e 36%, negativamente, contra 18% de avaliações positivas entre evangélicos e 53% de avaliações negativas.

A desaprovação ao desempenho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou praticamente estável entre fevereiro e junho, oscilando de 55,3% para 52,9%. A aprovação passou de 40,5% para 40,7%, e a proporção dos que não sabem ou não responderam, de 4,2% para 6,4%.

31% espera melhora na situação do emprego, enquanto 27% espera piora e 39% não esperam mudanças.

43% enxergam o governo Lula como pior que a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, enquanto 34% veem ela como sendo melhor. Os que avaliam ambos de forma semelhante são um em cada cinco brasileiros (20%).

40,7% afirmaram que ouviram falar da alta do IOF, e consideram a medida ruim. Apenas 6,1% disseram considerar a ação positiva. Outros 49,8% não ouviram falar das medidas.

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).