Relato de fé e amor: graça intercedida por Padre Aloísio salvou a vida de bebê prematuro

Foto: Arquivo Pessoal

Por: Maria Luiza Venturelli

01/04/2023 - 14:04 - Atualizada em: 23/05/2024 - 09:54

Fé, o combustível para a fortaleza no nascimento desafiador de Maria Helena. Para a família, a saúde da menina é uma graça de Deus, intercedida pelo Padre Aloísio Boeing, que dedicou a vida para orientar e ouvir aclames de fiéis. Após seu falecimento, relatos de suas graças foram aos poucos se tornando cada vez mais conhecidos.

Maria nasceu com 24 semanas e quatro dias de período gestacional, pesando 550g e medindo 30 centímetros de comprimento, e assim iniciou a história de fé de Kerolayn Francener, mãe da bebê. A probabilidade de sobrevivência de um prematuro extremo é baixa, quanto mais sem sequelas da prematuridade. Todavia, a mãe sempre acreditou no milagre da vida.

Apesar do tamanho, grandeza e garra já eram virtudes de Maria Helena, que lutou pela sobrevivência mesmo antes do nascimento. A gestação foi marcada por ameaças de abortamento com sangramentos de causa desconhecida.

Foto: Arquivo Pessoal

Após o nascimento, foram 88 dias de internação: 65 na unidade de tratamento intensivo (UTI) neonatal, 22 na unidade de cuidados intermediários (UCI) e um no quarto. Cada dia foi uma pequena vitória, alguns mais adversos, outros gloriosos, mas todos intensos.

A internação foi uma sequência de etapas. Nascer com vida, manter a vida, extubar, receber alta da UTI, UCI, respirar sozinha e enfim a tão sonhada alta hospitalar. Já nas primeiras horas de vida, a pequena fez um pneumotórax e precisou ser reanimada mantendo-se com auxílio medicamentoso, equipamentos e com as incansáveis mãos dos profissionais de saúde.

Reanimação em sala de parto, dreno de tórax, intubação, transfusões de sangue, acessos centrais, sangramento cerebral e combate de infecções foram alguns dos grandes desafios dessa caminhada. Para a família, a superação e vida de Maria Helena com toda certeza foi uma graça intercedida pelo Padre Aloísio Boeing.

Nos primeiros dias após o nascimento de Maria, os profissionais da UTI neonatal do Hospital Jaraguá autorizaram, a pedido da mãe, colocar uma relíquia do Padre Aloísio na incubadora da criança. “Tinha fé na intercessão do Padre como servo de Deus, desde a minha infância ele foi uma referência de vida santa”, conta Kerolayn.

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Havia muitas dúvidas quanto à situação da bebê. Até um certo período os parâmetros dos monitores afligiam e a impotência apertava o coração. “Certo dia, uma enfermeira me vendo preocupada, aconselhou que quando estivesse com minha filha apenas amasse e não me preocupasse com os monitores, porque eles mudavam”, lembra a mãe.

“Também busquei alimento espiritual nos sacramentos da Igreja Católica, verdadeiras riquezas. Quando à Eucaristia, entregava para Cristo minhas aflições, pedia pela vida e saúde plena da Maria Helena, mas acima de tudo rogava um coração conformado pela vontade de Deus”, relata.

“A fé transcende receber graças, está em reconhecer a beleza de Deus na vida ordinária. Tudo é graça. Minha vida sem fé seria vazia, pois ela é um combustível, crendo busco diariamente viver com sentido”, complementa Kerolayn.

Sob a influência do Padre Aloísio, ela rezava diariamente o terço em honra a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Para ela, cada dia era uma pequena vitória na vida da pequena, e a evolução clínica de Maria Helena seguiu constantemente positiva.

Maria foi batizada emergencialmente ainda na UTI, no mês de Nossa Senhora, um momento especial para a família, que enxerga a fé como uma motivação para ver sentido em tudo. “Tê-la recebida na fé marcou o quão grata estava, mesmo em meio às incertezas clínicas, Deus nos bastava. Vencemos os 88 dias de internação por meio da graça divina. A vida é uma preciosidade, enquanto existir vida há esperança”, conta a mãe.

A oração muda vidas

Foto: Arquivo Pessoal

Kerolayn conheceu o Padre Aloísio na infância acompanhando a família nas missas e visitas a Congregação do Sagrado Coração de Jesus. Pela proximidade do santuário do local em que reside, ela pediu para o pai buscar uma relíquia do Padre. Ela crê que essa vontade veio de uma inspiração divina.

“Me sinto muito abençoada e grata a Deus. Sou grata ao Padre Aloísio por ser um Servo de Deus, o seu sim construiu um legado que é instrumento da graça divina. Seu exemplo como sacerdote ilumina-nos para reconhecermos as riquezas dos sacramentos da Igreja, em especial a eucaristia”, explica.

Para ela, a devoção do Padre à Nossa Senhora é um exemplo de caminho ao coração de Cristo. “Realmente um homem de vida santa. Um ponto de luz aqui na terra”, resume.

Desde sempre e especialmente hoje em dia, com a graça da vida e saúde da pequena, a fé significa tudo para a família. “Deus não permite que estejamos onde a graça Dele não possa nos sustentar. Tudo passa, independente da situação, recebemos o que precisamos porque Ele é perfeito”, explica a mãe.

Além da fé, uma rede de apoio dedicada também foi essencial para a recuperação de Maria. Kerolayn ressalta que os profissionais do hospital, da UTI neonatal e do banco de leite fizeram a diferença nesse período difícil que enfrentaram. “Não tenho palavras que alcancem o quão gratos somos por todo esse cuidado humanizado. Amigos, familiares e outras mães de UTI também fizeram parte dessa caminhada”, finaliza.

Foto: Arquivo Pessoal

Acima de tudo, é possível afirmar que a história de Maria Helena é um exemplo de fé. As experiências vividas pela família deixam claro que enquanto existe vida há esperança, e que a vida sempre vale a pena.

Com muita fé que o melhor estava por vir e intercessão do Padre Aloísio, a graça da vida foi alcançada: atualmente, Maria Helena é uma bebê de 11 meses saudável, linda, alegre e muito abençoada por ser um exemplo de superação.

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Maria Luiza Venturelli

Jornalista formada pela Faculdade IELUSC, especializada em conteúdo publicitário, cultura e entretenimento. Apaixonada por contar histórias que conectam pessoas e marcas de forma autêntica.