O sono acabou: 73 milhões de brasileiros sofrem de insônia

Hora de dormir e os 73 milhões de brasileiros que sofrem de insônia

Por: Elissandro Sutil

16/02/2022 - 07:02

O ritmo do novo estilo de vida do mundo ocasionou o aumento de distúrbios do sono. Estresse, excesso de trabalho e alguns fatores relacionados a pandemia, como exposição por longas horas a luz de aparelhos eletrônicos e falta de atividade física, são alguns dos motivos que contribuem para o crescimento dos distúrbios do sono, como a insônia e apneia do sono.

Segundo o neurologista, Dr. Vicente Caropreso, o número de pessoas que sofrem de insônia é alarmante. Estima-se que ⅓ da população brasileira (ou seja, 73 milhões de pessoas) sofra de insônia, e cerca de 11 milhões de brasileiros utilizam algum tipo de remédio para dormir.

Fonte: Pesquisa Nacional de Saúde (PNS)

Para o especialista, cada caso é uma situação específica, visto que algumas pessoas, em razão de estarem vivendo uma preocupação momentânea podem sofrer de insônia durante um curto período, podendo ser uma semana ou um mês, por exemplo. No entanto, outras podem sofrer a vida inteira ou anos, sendo assim uma doença crônica.

“A insônia é um problema que cada pessoa que sofre deve apresentar ao seu médico sua rotina. Assim, ficará fácil para o profissional entender e aplicar o tratamento adequado.”, comenta Dr. Vicente Caropreso.

Por outro lado, a apneia do sono também está interligada ao aumento da obesidade, doenças cardiovasculares, índices de hipertensão arterial e até mesmo acidentes de trânsito.

Apesar de existirem remédios que colaboram para uma boa noite de sono, a auto medicação deve ser evitada. O ideal é começar com simples mudanças de hábitos para um estilo de vida mais saudável e equilibrado entre trabalho e lazer.

“É fundamental que as pessoas tenham noção de que um terço da vida foi feito para dormir e restaurar as funções do organismo.”, comenta Dr. Vicente.

 

Sobre o especialista

O Dr. Vicente Caropreso (CRM-SC 3463 e RQE 618) atende no centro de Jaraguá do Sul. É médico neurologista desde 1983, voluntário da Apae de Jaraguá do Sul. É referência estadual dos Agravos Epidemiológicos Botulismo e Doença de Creutzfeld-Jacob (DCJ) e é médico honorário do Hospital e Maternidade São José.