Vigilância Ambiental alerta para cuidados com o escorpião amarelo nesta época em Blumenau

Foto Michele Lamin/Prefeitura de Blumenau

Por: Felipe Elias

14/01/2020 - 18:01 - Atualizada em: 14/01/2020 - 18:08

Com a chegada das estações de temperaturas mais elevadas, também cresce a atividade de animais peçonhentos. Em Blumenau, a possibilidade de aumento das ocorrências com o escorpião amarelo preocupa a equipe da Vigilância Sanitária e Ambiental, órgão da Prefeitura de Blumenau.

Desde 2007, há relatos da presença do animal na cidade, e o controle do aracnídeo no município iniciou em 2008, quando havia registro e monitoramento de dois focos. Atualmente, sete focos de escorpiões são monitorados nos bairros Badenfurt, Itoupava Norte, Escola Agrícola, Vila Itoupava e Garcia.

Conforme explica o médico veterinário da Vigilância em Saúde de Blumenau, Leandro Roberto Canesi Ferreira, a proliferação é rápida e simples. “O escorpião amarelo reproduz-se por partenogênese, o que significa que todo indivíduo adulto pode parir sem a necessidade de acasalamento. Este fenômeno facilita sua dispersão e o animal realmente se instala e prolifera com muita rapidez. Mais ainda quando em situação de perigo”.

Prevenção e condutas

As medidas de controle já efetivadas no município passam pela capacitação de profissionais da saúde e também por orientações a moradores, com palestras em associações de bairros e buscas pelo animal.

Os acidentes podem ser graves, principalmente quando ocorridos com crianças ou idosos. “O escorpião não busca atacar a pessoa, o acidente geralmente ocorre quando a pessoa coloca a mão ou o pé sobre o animal. Eles costumam se esconder da claridade em lugares como dentro de calçados, armários, gavetas, panos e toalhas em áreas de serviço e banheiros, aumentando a chance de acidentes”, explica Ferreira.

Foto Michele Lamin/Prefeitura de Blumenau

A picada do escorpião é venenosa e pode provocar efeitos tanto na região atingida quanto no sistema nervoso. Os sintomas mais comuns são dor local podendo ser acompanhada de sensações na pele como formigamento, queimação, dormência, febre ou temperatura mais baixa que o comum e excesso de suor. Também podem ocorrer vômito, náusea, arritmias e complicações neurológicas, como paralisia.

O que fazer em caso de acidente?

  • Limpe o local com água e sabão;
  • Procure orientação médica imediata na unidade de saúde mais próxima ao local do acidente;
  • Se possível, fotografe ou capture o animal para levá-lo ao serviço de saúde, pois a identificação pode auxiliar o tratamento. Em caso de não possuir capacitação para capturar o animal vivo, levar o animal morto ao posto de atendimento;
  • Prestar atenção quando as crianças se queixam de picada de insetos. Perguntar como era o animal e onde ele estava. Na dúvida, vá ao posto de atendimento médico mais próximo do local do acidente;
  • Não amarrar, fazer torniquete, não cortar, perfurar ou queimar o local da picada;
  • Não aplicar substâncias sobre o ferimento nem fazer curativos que fechem o local antes do atendimento.

Como prevenir a presença do animal?

  • Manter limpo quintais e jardins, não acumular folhas secas e lixo domiciliar;
  • Acondicionar lixo domiciliar em sacos plástico ou em outros recipientes apropriados e fechados, e entregá-los para o serviço de coleta. Não jogar lixo em terrenos baldios;
  • Limpar terrenos baldios situados próximos a imóveis habitados;
  • Eliminar as fontes de alimentos para escorpiões (baratas e outras infestações de pequenos invertebrados);
  • Evitar a formação de ambientes favoráveis ao abrigo de escorpiões, como locais com entulhos, lenhas e superfícies com frestas e sem revestimento;
  • Preservar os predadores naturais dos escorpiões, especialmente as aves de hábito noturno como as corujas, pequenos macacos, quati, lagartos e sapos;
  • Evitar queimadas em terrenos, pois desalojam os escorpiões;
  • Remover folhagens e trepadeiras junto às paredes externas de locais que possuem a ocorrência do animal;
  • Manter fossas sépticas e caixas de gordura bem vedadas para evitar a passagem de escorpiões e baratas;
  • Vedar frestas, buracos em paredes, assoalhos, forros e rodapés, assim como prestar atenção em soleiras de portas e fechar com rolos de areia ou rodos de borracha;
  • Em áreas de ocorrência, é indicado colocar tela nos ralos ou trocar por escamoteáveis, que possuem sistema de fechamento;
  • Manter todos os pontos de energia e telefone devidamente vedados;
  • Observar com cuidado panos de chão e roupas antes de apanhá-las;
  • Observar com cuidado roupas e calçados, sacudindo-os antes de calçá-los ou vesti-los;
  • Examine roupas de cama e banho antes de usá-las;
  • Mantenha camas e berços afastados das paredes.

Quer receber as notícias no WhatsApp?