“É muito importante ter o meu próprio dinheiro”, diz Luciane,
sobre trabalhar em uma empresa há quase oito anos
Vagas especiais de trabalho incluem pessoas com deficiência

Cotidiano
sexta-feira, 10:51 - 05/02/2016

A facilitadora de vendas Luciane Marquardt, 33 anos, é a prova de que ter uma deficiência não impede de trabalhar com eficiência. Portadora de Síndrome de Down e ex-aluna da Apae, em 2016 ela vai completar oito anos de carteira assinada em uma loja de departamentos da cidade.
“Gosto muito de trabalhar aqui. É muito importante ter o meu próprio dinheiro”, afirma. “As pessoas têm educação e respeito. Não me sinto discriminada. Ajudo todo mundo, atendo bem os clientes e eles também me tratam bem”, resume. Luciane começou como empacotadora, depois passou a auxiliar de provador e por último à área de vendas.
Das 111 pessoas com deficiência que integram o projeto Cadastro para Inclusão da Pessoa com Deficiência, iniciado pelo Sesi (Serviço Social da Indústria) de Jaraguá do em 2015, 57 estão disponíveis para preencher vagas no mercado de trabalho.
Para garantir a infraestrutura do projeto, o investimento anual gira em torno de R$ 40 mil. Dos 111 cadastrados, 75% não trabalham. Destes, 72% querem trabalhar. Entre os inscritos, 24% estão inseridos no mercado formal e 1% atua em jornada de meio período.
A iniciativa atende a Lei de Cotas 8.213/91, de 24 de julho de 1991, que determina a contratação proporcional de deficientes e pessoas com deficiência em empresas com mais de 100 funcionários, que devem cumprir a ocupação de 2% a 5% dos cargos disponibilizados.
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