Com a chegada do verão, cresce o movimento de moradores que decidem aproveitar as férias para renovar a casa. Pinturas, troca de pisos, ajustes elétricos e melhorias nas áreas externas entram no roteiro de quem deseja começar o novo ano com ambientes mais bonitos, funcionais e preparados para receber amigos e familiares.
Mas, junto com o aumento das reformas, também surgem problemas típicos da estação, muitos deles relacionados a falhas de planejamento, escolhas inadequadas de materiais ou falta de acompanhamento técnico. Entenda quais são os pequenos erros que podem gerar prejuízos, atrasos e retrabalhos:
1. Começar sem planejamento definido
Um dos erros mais recorrentes é iniciar a obra às pressas, impulsionado pelo desejo de ter tudo pronto para as festas ou férias. A falta de planejamento compromete prazos, orçamento e até a qualidade do resultado.
Sem organizar cronograma, definir profissionais, listar materiais e prever custos extras, a obra tende a sofrer atrasos. No verão, quando a procura por mão de obra é maior, a falta de programação pode gerar longas esperas e dificuldade para encontrar prestadores disponíveis.
Como evitar:
Elabore um plano completo, com etapas, prazos e lista de materiais. Combine datas com pedreiros, pintores ou eletricistas e antecipe as compras para evitar paradas.
2. Comprar materiais sem orientação técnica
Tintas, pisos, argamassas, fiações e tubos hidráulicos exigem especificações corretas. Muitos consumidores optam por produtos mais baratos, mas inadequados ao ambiente — o que pode gerar infiltrações, descolamentos, desgaste precoce e riscos.
Em épocas mais movimentadas, compras feitas com pressa também podem resultar em quantidades insuficientes, gerando interrupções na obra e até variação de lote, que compromete o acabamento.
Como evitar:
Busque orientação especializada e pergunte sobre o tipo de uso, o rendimento e a aplicação correta de cada item. Priorize lojas que ofereçam atendimento consultivo, explicando diferenças de materiais e ajudando a fazer escolhas mais seguras.
3. Ignorar o tempo de cura de tintas, argamassas e rejuntes
O clima quente acelera as secagens superficiais, mas isso não significa que o material esteja totalmente curado. Muitos moradores voltam a usar o ambiente antes do prazo ideal, provocando manchas, trincas, descolamentos ou pisos ocos.
Como evitar:
Siga rigorosamente os prazos recomendados pelos fabricantes. Mesmo no calor, respeite o tempo de descanso de cada etapa para garantir durabilidade.

Foto: Freepik
4. Reformar sem considerar o impacto do clima
Embora o verão seja favorável para pinturas externas e aplicação de revestimentos, a estação também é marcada por pancadas rápidas de chuva e alta umidade repentina — fatores que podem atrapalhar determinadas etapas da obra.
Além disso, o excesso de sol pode prejudicar a aplicação de tintas ou resinas, provocando bolhas e alterações de tonalidade.
Como evitar:
Acompanhe a previsão do tempo diariamente e garanta a proteção dos materiais e superfícies. Priorize horários de menor incidência solar.
5. Deixar áreas externas por último
Churrasqueiras, varandas, jardins e quintais são os espaços mais utilizados no verão — mas muitos consumidores deixam a reforma dessas áreas para a última hora. Isso aumenta o risco de atrasos e reduz o prazo para corrigir eventuais problemas.
Como evitar:
Inicie o planejamento das áreas externas com antecedência. Verifique mangueiras, torneiras, iluminação, pisos e acessórios antes da chegada das altas temperaturas.
6. Não prever custos extras e emergenciais
É comum que pequenas reformas revelem ajustes adicionais: troca de fiação, correção de infiltrações, substituição de peças danificadas ou reforço de materiais. Quem não prevê gastos extras pode comprometer o orçamento e precisar interromper a obra.
Como evitar:
Inclua uma margem de 10% a 20% de reserva financeira para imprevistos. Isso garante continuidade e evita decisões apressadas.
7. Tentar fazer sozinho o que exige mão de obra especializada
O clima de “faça você mesmo” cresce no verão, mas certos serviços — como elétrica, hidráulica e impermeabilização — exigem conhecimento técnico. Erros nessas áreas podem gerar danos graves e custos muito maiores no futuro.
Como evitar:
Avalie realisticamente o que é seguro fazer por conta própria e contrate profissionais para serviços complexos. Economizar na execução pode sair bem mais caro depois.