Santa Catarina encerrou mais um ano com altos índices em transplantes. Em 2017, foram registrados 282 doadores de múltiplos órgãos por milhão de população (pmp) no estado, correspondendo ao inédito 40,28 doadores p.m.p. por ano. Esses dados consolidam a posição catarinense junto aos melhores resultados do mundo em doação de órgãos para transplantes.
Segundo o coordenador do SC Transplantes, Joel de Andrade, se Santa Catarina fosse um país teria um dos cinco melhores resultados entre os que possuem atividade transplantadora, sendo que em alguns destes os programas de doação de órgãos são com coração parado e o Brasil é exclusivamente em situações de morte encefálica. “Os 31 doadores a mais, em relação a 2016, foram obtidos com um aumento na efetivação do processo para 49,6%. Houve redução da não autorização das famílias para 33% e as perdas por parada cardíaca diminuíram para 7,5%”, comemora Joel.
Além disso, só no mês de dezembro de 2016, foram registrados 38 doações efetivas batendo o próprio recorde catarinense de 29 doações em um mês, que havia sido em setembro do mesmo ano. “Para que se tenha ideia, 38 doações transformadas em média anual, corresponderiam 65 doadores p.m.p. ao ano, ou seja, valores que superam o teto desta atividade no mundo. O número obtido representa mais que um doador a cada dia para uma população de 7 milhões de habitantes”, explica o coordenador do SC Transplantes.
Esses ótimos índices catarinenses demonstram que o Brasil pode ter resultados comparáveis aos melhores do mundo em transplantes, como vem ocorrendo no Paraná, Rio Grande do Sul, Ceará e outros estados. Os avanços nesta área são muitos, mas o objetivo é diminuir a espera e angústia dos pacientes que aguardam na fila por transplante.