Projeto “Segredos” leva alerta sobre abuso infantil para as salas de aula de Guaramirim

A primeira reunião do CMDCA (Conselho Municipal da Criança e do Adolescente) de Guaramirim rendeu frutos. Na manhã de quinta-feira (14), a assinatura do repasse de recursos do FIA (Fundo da Infância e Adolescência) para a Secretaria de Educação possibilita a implantação de um projeto pensado há pelo menos dois anos, após uma ação realizada nas escolas.

O Projeto Segredos será desenvolvido nas unidades municipais graças ao repasse de R$ 188 mil que serão destinados para a aquisição de 27 mil exemplares de livros e outras 400 unidades de um guia para os professores.

De acordo com a secretaria de Educação do município, Marja Rebelato, o projeto tem como objetivo tratar de um tema delicado e que precisa ser discutido com responsabilidade: a violência e o abuso infantil.

Ela explica que o projeto nasceu a partir de uma obra literária disponibilizada ao município ainda em 2016 pelo Instituto Evoluir.

Ao tratar do tema, a ação permitiu que os alunos contassem seus “segredos”. “As crianças escreviam seus segredos que eram ‘guardados’ por um urso. Com esse trabalho tivemos um resultado bastante significativo, inclusive com o envolvimento do Conselho Tutelar, gerando algumas ações”, conta.

Neste ano, a ampliação do projeto possibilitará o acesso das crianças a obras que tratem do tema, além de disponibilizar uma ferramenta online para pais e professores com atendimento psicológico e jurídico.

Serão seis obras distintas distribuídas na rede municipal, além do guia para os professores que trarão diretrizes sobre como tratar do tema dentro e fora da sala de aula, além de contatos importantes para denúncia. O projeto será aplicado gradivamente ao longo do ano.

“As pessoas tem um pouco de medo porque o tema é muito delicado e não é só apresentar a obra, mas saber o que fazer depois dos segredos contados. Tínhamos que dar outro passo que é de grande responsabilidade. O nosso objetivo maior é preparar a criança para entender e poder se defender, poder buscar ajuda sabendo que a escola está ali para defender o direito dela”, finaliza a secretária.

 

 

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