Um projeto viabilizado por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, no município de Jaraguá do Sul resultou na Oficina de Grafite Terapêutico na Casa de Apoio Padre Aloísio Boeing. Com recursos do Edital 188/2021, a entidade contratou o artista plástico Rica de Lucca, que ministrou uma oficina.
O mural coletivo elaborado pelos acolhidos pode ser conferido aqui.
A oficina buscou, por meio da arteterapia, a vinculação e aceitação do tratamento, melhoria da autoestima e valorização pessoal dos acolhidos, além da coloração e singularização de um ambiente da sede.

Foto: Divulgação/PMJS.
“O objetivo foi fazer da arte um mecanismo de expressão de sentimentos, de angústias, frustrações e ansiedades, fortalecendo os laços entre os pares, pois em ações conjuntas encontramos forças para vencer os desafios”, explicou a psicóloga Dayane Krüger Pradi, idealizadora do projeto.
“Para mim foi muito importante aprender técnicas de pintura que eu posso até utilizar num trabalho, quando terminar meu tratamento. E também foi uma conversa boa que tivemos.” R.D.L.
“Foi muito bom porque o grafite tem outras mensagens, além da pintura. A gente aprende a respeitar o espaço do outro. Parece uma coisa simples, mas ele traz muitas lições que agregam na nossa vida.” C.F.V.
“Foi muito gratificante porque a pintura pode tirar um pouco da gente (o que está dentro da gente), podemos expressar o que estamos sentindo e isso ajuda muito na recuperação. A gente aprende a trabalhar em grupo e a respeitar cada um no trabalho. Foi muito gratificante e espero que tenha outras vezes.”J.L.S.

Foto: Divulgação/PMJS.
Entre os acolhidos, o trabalho com o grafite fortaleceu o vínculo com o grupo. Cada indivíduo elaborou um pedaço do mural, contribuindo para o todo. “Outro ponto abordado foi a superação dos limites, pois alguns achavam que não conseguiriam pintar, mas realizaram um excelente trabalho”, explica a psicóloga. De acordo com um dos acolhidos, a atividade serve para a vida também. “A gente percebe que pode fazer muita coisa, basta ter força e determinação”, ponderou.
A Secretária de Cultura, Esporte e Lazer, Natália Lúcia Petry, destacou aquilo que vem sendo defendido por todos os envolvidos com a cultura: “Assim como as atividades físicas são consideradas essenciais para a saúde do corpo e da mente, é preciso entender que as artes e as manifestações culturais são igualmente importantes e que também trazem muitos benefícios para a saúde mental”.
A psicóloga lembrou da importância da participação de projetos dessa natureza, envolvendo o trabalho em equipe e despertando o desejo de se envolver com as coisas da comunidade. “A recuperação completa se dá quando o acolhido consegue não só voltar para a sociedade, mas se sentir parte dela, como um membro produtivo e atuante”, conclui.
*Com informações de assessoria de imprensa.