Um professor de português da rede pública do Distrito Federal foi demitido por aplicar aulas com conteúdo sexual aos alunos do 6° ano do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 104, da Asa Norte, em Brasília. A denúncia foi feita pelos próprios alunos da instituição. A média da idade da turma é entre 12 e 13 anos.
De acordo com uma publicação de um dos adolescentes, o professor ensinava técnicas de sexo oral e anal durante uma aula de português. Em seguida, ele teria pedido aos alunos que fizessem uma redação sobre o tema.
Além do tema, o professor ainda usou palavras-chave para ajudar os alunos, como “69”, “fio terra” e outros. Em um dos áudios gravados pelos alunos, o professor ainda “ensina” a falar a palavra “clitóris”.
“Repitam comigo: ‘clitóris’, ‘clitóris’. Tem que tratar o assunto com educação, porque é normal”, defendeu.
O professor Wendel Santana diz que “não recebeu treinamento adequado”. Segundo ele, não houve qualquer instrução por parte da escola e o que propôs foi um exercício de linguagem.
“A linguagem que eles trazem pra mim é uma linguagem totalmente informal. Foi isso que eu vi. O exercício que eu propus foi trazer essa informação de linguagem informal e adaptá-la para uma linguagem formal, que é a linguagem da educação de fato”, afirmou Wendel.
Em nota a Secretaria de Educação do Distrito Federal informou que o professor é temporário e que a polícia foi informada.
Confira a nota da Secretaria na íntegra:
“A Secretaria de Educação do Distrito Federal irá rescindir o contrato do professor do Centro de Ensino Fundamental 104 Norte. Ele é professor temporário.
Além disso, a direção da escola comunicou a ocorrência às autoridades policiais.
O professor, assim como outros 10 mil contratados temporariamente este ano para substituir professores efetivos em suas ausências temporárias, passou por um processo seletivo e cumpriu todos os requisitos previstos na legislação que regula estas contratações.
Na ocasião, nada havia contra ele. Os estudantes terão apoio do Serviço de Orientação Educacional.
A Polícia Civil, também por meio de nota, informou que a 2° DP (Asa Norte) assumiu o caso, e vai colher depoimento do professor e dos alunos, prioritariamente.
O órgão acrescentou que não prestará maiores informações para não atrapalhar as investigações, assim como, preservar as crianças e adolescentes envolvidos no caso.”
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