Primeiras realezas da festa lembram do tiro certeiro

Por: OCP News Jaraguá do Sul

12/10/2016 - 08:10 - Atualizada em: 13/10/2016 - 08:14

Apesar dos tiros certeiros, Ildemar Zelfeldt nem imaginava o que estava por vir. Foi no meio de uma noite em 1989 que um amigo bateu na porta da casa dele para dar a boa nova: “você ficou rei da festa”. Sem acreditar, ele e a esposa, que ainda moram em Schroeder, foram para Jaraguá do Sul comemorar o título. Foi da mesma forma que a jaraguaense Darci Grützmacher recebeu a notícia de que, um ano mais tarde, tinha se consagrado como rainha dos atiradores.

O casal Isolde e Ildemar Zelfeldt compartilham a paixão pelo tiro esportivo. (Foto: Eduardo Montecino)

O casal Isolde e Ildemar Zelfeldt compartilham a paixão pelo tiro esportivo. (Foto: Eduardo Montecino)

“Tive a felicidade de dar bons tiros”, é assim que Zelfeldt encara o resultado da competição. Ele se tornou rei do tiro da primeira Schützenfest com a carabina 22, representando a Sociedade Rio Camarada de Schroeder. “Lembro bem que falaram, após meu tiro: ‘esse foi na veia’. Mas eu nem dei bola. Não imaginava que isso poderia acontecer”, conta. Apaixonado por esportes, ele sempre praticou alguma atividade. O gosto pelo tiro esportivo é divido com a mulher, Isolde Barth, e com a família, sendo que uma das filhas também chegou a ser rainha da Festa dos Atiradores.

Apesar de ter muitas medalhas e acumular outras conquistas, Zelfeldt recorda como se fosse hoje das comemorações do título de rei. “Lembro muito bem do desfile. Já estava acostumado, mas aquilo foi algo bem importante. Desfilei nas ruas de Jaraguá carregando o título de rei na carabina e representei minha sociedade”, recorda com orgulho olhando para as fotos antigas.

Darci foi rainha na primeira tentativa

Alguns podem considerar sorte de principiante, outros consideram talento nato. Sem nunca ter atirado com uma carabina 22, Darci Grützmacher mostrou habilidade com o tiro e acertou em cheio.

Foi graças ao bom desempenho que ela se consagrou a rainha da modalidade, na primeira vez em que as mulheres competiram na Schützenfest. O título foi conquistado em 1990, na segunda edição da festa, quando representava a Sociedade Amizade, a qual cultiva grande carinho até hoje. De prêmio, além da medalha, troféu e faixa, a jaraguaense ganhou um touro da raça Nelore. “Hoje não atiro mais, só prestigio a Schützen e as festas da minha sociedade, mas dá uma saudade. Vontade de voltar no tempo”, revela a agricultora aposentada, de 58 anos.

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Darci desfila com os companheiros da Sociedade Amizade em 1990 (Foto: Arquivo Pessoal)

Em meio às fotos, medalhas, faixas e canecos de chope, Darci lembra os dias de alegria durante a conquista. Apesar de já ter sido rainha nas festas da Sociedade Amizade, ela conta que o título da Schützen foi especial. “Toda a família do meu sogro é dessa tradição, participa de sociedades do tiro, então foi uma alegria para toda a família. Vieram me chamar em casa porque eu tinha sido rainha, nem acreditei, a festa foi grande”, lembra.

Hoje, ela guarda os prêmios e fotos daquela noite com orgulho, e mostra aos netos e familiares. “Gosto de incentivar, acho que temos que fazer isso, para que a tradição continue. Os meus netos acham interessante, mas ainda são pequenos. Um dia quero os ver participando”, deseja.

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Publicação da Rede OCP de Comunicação