Prefeituras da região da Foz do Rio Itajaí decidem não retomar aulas presenciais em 2020

Foto: Divulgação

Por: Felipe Elias

08/10/2020 - 14:10 - Atualizada em: 08/10/2020 - 14:54

As 11 prefeituras que compõem a Associação dos Municípios da Região da Foz do Rio Itajaí (Amfri) decidiram, por unanimidade, não retomar as aulas presenciais nas redes municipais de ensino em 2020.

A medida foi comunicada nesta quarta-feira (7), após um encontro que reuniu os secretários de Educação das cidades de Balneário Camboriú, Balneário Piçarras, Bombinhas, Camboriú, Ilhota, Itajaí, Itapema, Luiz Alves, Navegantes, Penha e Porto Belo.

 

“Ficou muito claro ainda que a maioria das crianças em idade escolar está sob o cuidado dos avós, que são pessoas de idade e que têm facilidade em receber a transmissão desse vírus. Que sejamos muito responsáveis, que planejemos tudo esse ano, para que o ano letivo no próximo ano ocorra com muita tranquilidade, que as crianças possam voltar para as aulas com segurança”, afirmou o presidente da Amfri e prefeito de Balneário Piçarras, Leonel José Martins.

 

Segundo a consultora em Educação da associação, Gilmara da Silva, as redes municipais de ensino das 11 cidades da região envolvem 110 mil alunos. “Que se tenha todo o zelo na migração da oferta de ensino não presencial para as atividades escolares presenciais, uma vez que o compromisso da escola pública é com a não segregação, com a inclusão e oferta das mesmas oportunidades de ensino para todos”, disse.

Para a retomada das aulas em sala, os gestores municipais apontam que seria necessário adquirir 25 mil máscaras de proteção para os servidores das escolas e reorganizar o serviço de transporte escolar para atender as normas sanitárias, aspectos que demandam tempo para execução.

“Há ainda outro problema: considerando a legislação eleitoral, os municípios não estão autorizados a contratar novos profissionais, resultando em um sério risco para a retomada”, enfatiza Gilmara. De acordo com ela, 33% dos educadores e outros profissionais são do grupo de risco e não poderiam retornar às atividades presenciais.

 

 

A consultora ressaltou que a decisão coletiva pauta-se em normatizações e regramentos sanitários e educacionais, dados estatísticos, análises de contexto, condições da infraestrutura, encaminhamentos e compromissos regionais. “Queremos deixar claro para toda a nossa comunidade que estamos trabalhando arduamente para que esse momento tenha menor impacto do ponto de vista pedagógico, emocional e sociointerativo”.

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Felipe Elias

Jornalista formado, em 2008, pela UniFiamFaam, em São Paulo (SP).