Uma ação conjunta entre órgãos da Prefeitura de Jaraguá do Sul pretende fiscalizar e fechar depósitos clandestinos de reciclagem de lixo no município. Segundo estimativa da administração municipal, existem hoje cerca de 30 locais irregulares na cidade. O trabalho deve começar depois do feriado de 12 de outubro e vai envolver a Fujama (Fundação Jaraguaense do Meio Ambiente), Vigilância Sanitária, Defesa Civil, Fiscalização de Posturas, Assistência Social, juntamente com o gabinete do prefeito, Antídio Lunelli (PMDB).
Segundo o presidente da Fujama, Normando Zitta Junior, a captação clandestina de materiais recicláveis é apontada como o principal fator para a queda nos índices de reciclagem do município. A Secretaria de Obras está trabalhando na análise e compilação dos dados, mas Zitta confirma que o volume de material reciclado diminuiu.
O presidente afirma que a queda seria relativa ao volume de material que é repassado pela empresa prestadora do serviço de coleta seletiva, a Ambiental , às cooperativas de recicladores cadastradas junto à Prefeitura. “É que o pessoal (catadores clandestinos) está se adiantando à coleta seletiva, passando antes do caminhão da Ambiental e coletando o material. Aí reduz o volume e a qualidade do que é destinado às cooperativas”, explica Zitta.
A queda nos índices de reciclagem, reforça o presidente, não seria causada pela população, que continua separando o material, mas pela coleta clandestina. A fiscalização e fechamento dos depósitos irregulares deve coibir a coleta paralela, afirma Zitta, além de evitar outros problemas causados com a prática. “Estes depósitos, geralmente, são em áreas residenciais, acumulam muito material e isso favorece a proliferação de vetores, como ratos e baratas”, informa.
O presidente acrescenta que o governo vem fazendo estudos para outras ações que possam conter a coleta clandestina, como a própria terceirização do serviço, além do retorno das sacolas verdes. “É interesse de todos, da comunidade, dos recicladores, da Prefeitura e do prefeito Antídio, da Câmara, da Fujama, mas tem que ver a viabilidade financeira (para as ações)”, declara.
A ação conjunta de fiscalização aos depósitos irregulares foi discutida durante reunião entre os órgãos na tarde de quarta-feira (4), depois que o tema da coleta clandestina foi tema de encontro na semana passada com representantes das quatro cooperativas cadastras, que sofrem com a captação irregular. Além da fiscalização, o governo também anunciou a abertura de edital, em novembro, para o cadastramento de cooperativas interessadas em atuar no município. As atuais entidades também poderão renovar seus cadastros para mais um ano.
