Polícia Federal combate contrabando e adulteração de camarão no Litoral Norte catarinense

Foto Divulgação/Polícia Federal

Por: OCP News Jaraguá do Sul

11/05/2017 - 15:05 - Atualizada em: 12/05/2017 - 17:35

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (11), na região Norte catarinense, a Operação Trípoli, destinada a coibir o contrabando da Argentina de camarões da espécie Pleoticus müelleri, cuja importação está proibida no Brasil desde 25 de outubro de 2013; e a fraude no processamento de pescados em Santa Catarina. Uma das empresas envolvidas fica em Barra Velha. Dentre as irregularidades, segundo a investigação, estava o uso do produto químico tripolifosfato de sódio – substância proibida, utilizada em produtos de limpeza e também como estabilizante para os leites “longa vida” e em alguns outros alimentos industrializados, como requeijões e hambúrgueres – e que é usada para dar mais ‘peso’ ao camarão para a comercialização.

Foram cumpridos seis mandados prisão, cinco preventivas e uma temporária. Também foram designados seis mandados de condução coercitiva e 21 de busca e apreensão, todos expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Federal de Joinville.  Conforme a PF, os mandados foram expedidos para as cidades de Barra Velha, no Norte catarinense, Piçarras e Penha, no Litoral Norte, e Itajaí, no Vale.

Todos os suspeitos foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Federal de Joinville. “A operação continua. Isso é só uma etapa. No momento estão sendo tomadas o depoimento dessas pessoas”, explicou o delegado-chefe da PF de Joinville, Alexandre de Andrade Silva.

Segundo a Polícia Federal, os camarões eram transportados por caminhão da Argentina. As investigações começaram em setembro de 2015, quando fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apreenderam 400 kg de camarão nas dependências de uma das empresas envolvidas no esquema, em Barra Velha.

Participam da operação cerca de 140 policiais federais, além de servidores do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e da Receita Federal, em Barra Velha, Piçarras, Penha e Itajaí.

Uso indevido do selo do SIF

A operação também investiga outros atos ilícitos, como o uso indevido do selo do SIF (Serviço de Inspeção Federal), que passa ao consumidor a falsa informação de que o produto foi processado por empresa inspecionada, quando isso não ocorreu.

Os investigados responderão pelos crimes de contrabando (reclusão de um a cinco anos), uso indevido de selo ou sinal (pena de dois a seis anos de reclusão), de emprego de substância não permitida (pena de um a cinco anos de reclusão), entre outros.