Jornalista Antônio Hélio Pereira perde luta para câncer de pulmão

Por: OCP News Jaraguá do Sul

21/02/2018 - 18:02 - Atualizada em: 21/02/2018 - 18:54

Morreu por volta das 10h desta quarta-feira (21), no Hospital São José, em Jaraguá do Sul, o jornalista Antônio Hélio Pereira. Hélio tinha 61 anos, lutava há mais de três anos contra um câncer severo de pulmão e nesse período submeteu-se a quimioterapia e radioterapia. Na sexta-feira passada, foi internado com complicações respiratórias, com comprometimento dos rins e fígado, quadro que se agravou nos últimos dias com o aparecimento de lesão cerebral.

Ele tinha três filhos: Natália, 31 anos, atriz e cantora, filha de Rosa Irene; João Pedro Stefani, 18 anos, filho de Néti Stefani; e Raul Agostini Pereira, 11 anos, filho de Sílvia Agostini Pereira. O velório está sendo realizado no Cemitério Municipal da Fazenda (7 de setembro, 1.878), em Itajaí e, em princípio, a cremação deve acontecer pela manhã desta quinta-feira (22), no Crematório de Itajaí.

O jornalista Sérgio Homrich, companheiro de trabalho de longa data de Hélio, escreveu um belo texto ao amigo que também era conhecido como “José Trincheira”.

“Hélio é luta, sempre. Na década de 90, me “resgatou” da redação dos jornais oficiosos e foi diretamente responsável pelo meu ingresso na luta sindical. Honra imensa ter conhecido uma pessoa tão valiosa. Desde então, é um companheiro inseparável em todos os embates, sempre na trincheira da resistência. O nome José Trincheira, adotado nas redes sociais, resume a vida desse camarada, dedicada integralmente às lutas pela emancipação da classe trabalhadora.

Nos últimos três anos trabalhamos, junto com as companheiras Maria Helena de Moraes e Sílvia Agostini, na produção/edição do programa Informa Luta, que vai ao ar na rádio Comunitária Alternativa 89,7FM de Jaraguá do Sul. Hélio apresentava o programa, mas há dois anos a doença afetou as suas cordas vocais e tive que assumir a locução. Ele se manteve na edição, até a semana passada.

Perdi muitos amigos fraternos nesses anos (todos nós perdemos!) e outras tristezas ainda virão. A partida do camarada Hélio dói na alma e deixa a nossa luta mais fragilizada e ainda mais distantes as nossas alternativas de conquistar uma sociedade melhor nesse momento em que o Estado brasileiro é tomado de assalto pela corriola golpista. No entanto, o exemplo que nos deixa é gratificante e nos fortalece na trincheira onde ele sempre esteve. A saudade já aperta, implacável. José Trincheira, presente!”