A Vigilância Epidemiológica confirmou o primeiro caso de leishmaniose visceral em um cachorro no bairro João Pessoa, em Jaraguá do Sul, em oito anos. O último caso registrado pelo poder público ocorreu no ano de 2011. O diagnóstico foi registrado semana passada após a realização de um laudo clínico no animal.
De acordo com a veterinária que notificou o caso, Mariana Moreira, no mês passado houve uma suspeita da doença quando ela foi atender o cão na residência do proprietário.
“Eu perguntei para o dono de onde que ele era, pois este tipo de doença não costuma ter na região. Ele disse que veio há cinco meses do Ceará com o cachorro”, revela.
A doença é provocada por um protozoário e é transmitido somente por meio da picada do mosquito-palha. Além de transmitir para cães, também pode infectar seres humanos, sendo considerada uma zoonose.
Após um primeiro indício, a Vigilância Epidemiológica foi até a casa da família e coletou o sangue do animal.
As amostras foram levadas para o laboratório (Lacen), em Florianópolis, confirmando a doença, sendo necessária a aplicação de eutanásia no cão, devido ao estágio avançado da doença.
“A gente não sabe até que ponto o mosquito-palha transmitiu para os outros cachorros e se existe na região”, explica Mariana.
De acordo com o médico veterinário do Centro de Controle de Zoonoses, José Edson Rodrigues, durante a investigação, foram visitadas mais de 40 propriedades e não foi encontrado nenhum animal com características da patologia.
Rodrigues salienta ainda que a região será monitorada frequentemente. “É importante reforçar a população que a doença veio de outro estado”, explica.
Como prevenir?
Segundo Mariana, por precaução, os proprietários do animal terão que passar repelente para a proteção humana.
A profissional explica que nestas situações os animais podem estar infectados, mas muitos não irão apresentar sintomas.
Sendo assim, é necessário realizar um teste rápido para o diagnóstico.
De acordo com a veterinária, a prevenção se faz a partir da aplicação da vacina que deve ser aplicada por profissionais especializados a partir dos quatro meses de vida do animal.
Logo após a dose, é importante utilizar repelentes e antiparasitários externos que tenham ação contra os mosquitos.
“Como teve um primeiro registro na cidade, a gente se preocupa que irão aparecer outros. É um caso grave de saúde pública”, pontua.
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