Jaraguá do Sul comemora 141 anos com bons índices conquistados neste ano

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Por: Gabriel Junior

25/07/2017 - 06:07 - Atualizada em: 26/07/2017 - 19:32

Por Heloísa Jahn

Jaraguá do Sul celebra os 141 anos com índices que alegram os moradores. Só neste ano, a cidade recebeu o título de mais pacífica do país quando levado em conta municípios com mais de 100 mil habitantes, e teve o reconhecimento do maior índice no IDMS (Indicador de Desenvolvimento Municipal Sustentável) de 2016. Porém, poder público e entidades reconhecem que é preciso focar em ações para o futuro.

O prefeito em exercício, Udo Wagner, acredita que é preciso celebrar o patamar que a cidade alcançou, o que, segundo ele, é mérito de todos os moradores, sem tirar os pés do chão. “Vejo que Jaraguá do Sul é uma das mais dinâmicas e melhores cidades para se morar no Brasil e isso se deve as pessoas que moram aqui, à qualidade do ensino que é acima da mé- dia nacional, da saúde e cultura. Mas é preciso preservar os bons índices, manter e melhorar a qualidade de vida do jaraguaense e investir em infraestrutura de mobilidade urbana”, afirma.

Um dos investimentos mais requisitados pela população é infraestrutura. Segundo Wagner, há um plano de ação previsto para recapear vias importantes da cidade, novas pavimentações estão previstas, além da implantação de 17 quilômetros de Ciclovia do Trabalhador, entre outras ações.

O presidente da Ujam (União Jaraguaense das Associações de Moradores), Valmir Cristóvão, defende essas melhorias, mas acredita que é necessário voltar os olhos à população de imediato, principalmente aos bairros do interior e mais vulneráveis. “É preciso também mais segurança para os moradores e a desburocratização de alguns processos para o comércio reagir”, diz. O representante da comunidade acredita que essas iniciativas a curto prazo já devem surtir efeitos positivos aos moradores e corroboram para manter a qualidade de vida.

DESFILE, PARTILHA DO BOLO E SHOW MARCAM O DIA

Os jaraguaenses terão uma tarde repleta de atividades para comemorar o aniversário da cidade. A partir das 15 horas, mais de 40 instituições ocupam a rua Walter Marquardt com o tradicional desfile festivo. Os grupos, sendo eles escolas, instituições sociais, esportivas, culturais, organizações não governamentais e representantes de órgãos públicos, desfilam para mostrar as atividades realizadas no município e também celebrar a data.

Foto Eduardo Montecino

Logo após, por volta das 17 horas, será servido o bolo de 141 quilos oferecido pelo Núcleo de Panificação e Confeitaria, formado por empresas associadas da Acijs e Apevi, no Parque Municipal de Eventos. A iniciativa, que ser repete a cada ano, é homenagem dos empresários à cidade.

O coordenador do Núcleo de Panificação da Acijs, Miro Michels, calcula que quando montado o bolo deva atingir os 18 metros de comprimento. “Como somos nove padarias, cada uma se encarregou de produzir dois a três bolos com uma média de uns dez quilos cada. Cada um vai produzir o bolo que preferir, com a exigência de que todos sejam recheados e confeitados e tenham um determinado tamanho padrão”, destaca. Participam da ação as empresas: Ateliê do Sabor, Cantinho Doce, Supermercado Martini, Padaria e Confeitaria Aliança, Padaria e Confeitaria Nannes, Padaria e Confeitaria Da Nona, Padaria e Confeitaria Flohr, Padaria Tecnopan e ProntPani.

Foto Divulgação

Além do bolo comemorativo, o Parque de Eventos também será palco para a apresentação da banda In Natura e do show Terra Som, mais novo trabalho do músico Enéias Raasch. A programação é totalmente gratuita.

DIVERSIFICAÇÃO DA MATRIZ ECONÔMICA COM PLANEJAMENTO

O prefeito Udo Wagner defende que a diversidade de pessoas que moram na cidade é o que faz com que Jaraguá do Sul seja o que é hoje. “Temos jaraguaenses que nasceram aqui e aqueles que escolheram a cidade para morar. Essa somatória produziu empreendedores de alta qualidade, trabalhadores dedicados e como consequência também temos produtos de qualidade”, enfatiza.

Para ele, essa diversidade deve ser levada também para o ramo industrial. “Apesar da crise, a cidade vem num bom desenvolvimento. Estamos fazendo esforços para mudar o perfil econômico que hoje está baseado na indústria têxtil e metal mecânica para dar um leque maior de opções de trabalho na cidade, principalmente para os jovens”, diz. Exemplos disso, segundo ele, são o Centro de Inovação e o Centro UP, iniciativas para apoiar e abrigar empreendimentos inovadores. “Dessa forma estaremos agregando emprego e renda e ampliando as vantagens que hoje temos”, defende.

Quem concorda com essa diversificação é o vice-presidente da Fiesc para o Vale do Itapocu, Célio Bayer, que defende melhorias na educação. “Acredito que precisamos recuperar nossos espaços de direito incentivando o desenvolvimento econômico, captando novas empresas, novas áreas industriais para buscar empresas inovadoras, de tecnologia limpa e valor agregado”, pontua.

Bayer acredita que essa diversificação vai agregar valor com outros modelos de empresas. Além disso, ele defende que os poderes públicos municipais e estaduais devem efetuar uma melhoria substancial na educação. “É através da educação como um todo que teremos profissionais mais preparados e que estaremos melhorando a cidade como um todo”, finaliza.