
“Imaginava que eles estavam perdidos por aí, não tinha lembrança alguma de como todos eram, nem meus pais”, conta João Corrêa
Dos dez irmãos, João foi o último a ser encontrado. A filha mais velha do casal, Ely Correa, e Daniel Giacomozi, Lucimar Correa Machado, 47 anos, conta com lágrimas a separação dos irmãos após a morte da mãe. “Dos dez filhos, três já eram casados e ficaram morando em Guaramirim. Os outros sete, todos menores de idade, foram levados por tios. Eles falaram que ficariam perto ou mandariam notícias, mas com o passar dos anos isso se perdeu” conta. Há dois anos, Lucimar, que já mantinha contato com cinco dos dez irmãos, reencontrou duas irmãs. “Foi uma alegria muito grande para todos nós, mas ainda faltava o João. Sempre falava ‘no próximo encontro ele estará aqui’ e deu certo. Hoje ele está”, diz. Apesar de morarem em cidades diferentes, Madalena, de 37 anos, Marisete, de 39 anos, Marilete, de 36 anos, e Moacir, de 42 anos, fazem questão de se reunir na casa de Lucimar, considerada como uma mãe pelos irmãos, ao lado de Eleandro, 43 anos, e Maria, que moram em Guaramirim e Jaraguá do Sul, respectivamente. “Ver a família assim reunida, é uma alegria para gente. Tem a ajuda das redes sociais, que facilitou o encontro, mas tem Deus no meio que proveu a alegria de nos unir novamente”, enfatiza Marisete Correa, que mora em Joinville. Outros dois irmãos moram em Florianópolis e Curitiba, mas não mantém contato com os demais familiares.
Após 30 anos, irmãos puderem se abraçar novamente e refazer o laço rompido pelo tempo e distância
Agora que os encontros da família ganharam mais um participante que, mesmo morando em outro Estado, pretende manter o relacionamento próximo com a família, a alegria toma conta da casa. Como é natural em todo relacionamento entre irmãos, está permitido fazer piadas e “pegar no pé”, tudo como forma de estreitar uma relação anteriormente quebrada que, neste momento, está mais intacta do que nunca.