O Distrito de Inovação vem mostrando ao que veio: promover uma atmosfera de envolvimento, mudança e criação em Jaraguá do Sul. Com essa proposta de inovar, a mudança tem sido uma constante nos espaços que nesta terça-feira (30) receberam um toque de arte e criatividade.
Espaço destinado a acelerar ideias e capacitar o mercado de energias renováveis e mobilidade elétrica, uma das faces do Instituto da Indústria Eggon João da Silva recebeu um grafite dos artistas internacionais Rafael Sliks e Mascos Vinicius Enivo – que também são responsáveis por algumas das artes que podem ser vistas no prédio do Centro Cultural da Scar.
Segundo vice-presidente da Fiesc para o Vale do Itapocu Célio Bayer, a ideia de criar um mural no paredão do Instituto surgiu quando o Parque de Inovação estava sendo finalizado. A ideia começou a ser discutida e teve a curadoria da artista Denyse Meri Zimmermann da Silva.
Com a arte finalizada e colorindo ainda mais a região, Vini conta que ele, Slicks e os artistas convidados buscaram entender o que era oferecido pela instituição e trazer um olhar artístico.
“É uma mulher, como se ela tivesse levitando em cima de uma placa solar, com energias eólicas e ela puxa do universo, que é o trabalho do Slicks, que representa o cosmos, o universo, ela está puxando essa energia e transformando em energia renovável”, explica Vini. “A gente pegou um pouquinho dessas histórias e trouxe uma poesia, algo mais lúdico para esse universo das exatas”.
No meio do paredão azul repleto de ondas de energia, um vórtice azul chama a atenção. Segundo Sliks, é o vazio, o que ainda está por vir, um portal, um buraco negro, aberto a múltiplas interpretações.
Caminho das Artes ganha novas obras
Denyse, que também colaborou na prática com a pintura do mural, também integra a lista de escultores que levaram novas obras ao Parque de Inovação. O Caminho das Artes ganha três novas esculturas e um grafite.
A artista buscou refletir nos trabalhos o sentimento de todos que passaram por um dos períodos mais desafiadores da história recente. Em uma das obras, Denyse eternizou a curva de contágio pela Covid-19 como forma de memorizar as pessoas que perderam a vida.
Na outra, um pêndulo com uma caixa preta trancada por um cadeado, a artista traz a reflexão sobre o período de isolamento social, do quando foi um período em as pessoas estiveram trancadas e o quanto, ao mesmo tempo, isso possibilitou um olhar para o interior.
A terceira escultura é assinada por Lucas Signoretti, artista gaúcho radicado em Corupá, que cria peças com sucatas de ferro e aço. Signoretti assina uma obra que mescla inovação e tradição, representando a força da indústria de Jaraguá do Sul com a sabedoria dos antigos egípcios através do Olho de Hórus – aquilo que tudo vê.
O grafite que entrou de última hora para a lista de novas artes do Parque é assinado pelo artista plástico Alexandre Puga, que veio na equipe de assistência para pintura do mural no Instituto.
Convidado para trazer um pouco da visão dele, as paredes cinzas foram transformadas em um espaço de conexão. Puga traz nos traços e cores o que chama de portais para aproximação com a natureza dentro de um estudo de fauna e flora.
“É maravilhoso a gente poder ver as pessoas se interessando, gostando da obra, tem muita gente que para, lê, então essa integração da arte com a comunidade é muito importante, porque começa a abrir a mente”, comenta a curadora Denyse. “As pessoas respeitam, gostam e sentem parte disso aqui, a arte fica perto das pessoas”.
Segundo o empresário e presidente do Conselho Administrativo da WEG, Décio da Silva, um dos idealizadores do Parque da Inovação, o que traz alegria é ver o espaço sendo utilizado de maneira impressionante pela comunidade.
Além disso, ressaltou o desejo de que Jaraguá do Sul siga nesse ritmo de união, mantendo o trabalho conjunto entre comunidade, entidades públicas e privadas.
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