Grupo de resgate voluntário busca terreno para construir sede própria em Jaraguá do Sul

Equipe pode atuar em território nacional e internacional | Foto Divulgação

Por: Elissandro Sutil

06/11/2018 - 05:11

A tragédia de 2008 atingiu os jaraguaenses de diferentes maneiras. Mas um grupo, em especial, sentiu a necessidade de fazer mais pela população nesses momentos de catástrofes naturais. Bombeiros, policiais militares, médicos, regatistas e demais profissionais foram os responsáveis por formar o Grupo Voluntário de Busca e Salvamento Gerar.

A iniciativa surgiu em 2009 e já atuou em situações como alagamentos, busca de vítimas na mata, queda de aeronave e desmoronamentos.

Na última semana, a Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul aprovou uma Moção de Apelo que solicita a doação de um terreno para construção da sede do grupo, além do uso provisório de instalações da Arena Jaraguá.

O local, conforme o presidente do Gerar, Odirlei Luis Siewerdt, será utilizado para depósito dos materiais de resgate e de treinamento e para as reuniões do pessoal.

Atualmente, o equipamento fica em um espaço na rodoviária e as reuniões são feitas em salas de outras instituições. A Moção de Apelo será encaminhada para o prefeito Antídio Lunelli.

Siewerdt explica que o grupo de salvamento começou porque alguns bombeiros e militares gostariam de ter um treinamento mais avançado e específico para determinadas áreas.

“Trabalhamos com resgate vertical, aquático e deslizamento em mata, por exemplo. Mas somente quando somos acionados por algum agente público, como os Bombeiros e Defesa Civil”, explica o presidente.

O Gerar conta com 15 integrantes formados e mais 13 que completam o treinamento de um ano e meio no fim deste ano. O grupo, segundo Siewerdt, atua em território nacional e internacional.

Já foram feitos atendimentos nas enchentes de Lontras; na queda de uma aeronave em São Bento do Sul; no resgate de pessoas perdidas na mata, em Joinville; em Barra Velha e Piçarras durante alagamentos; na microrregião no ano de 2014, quando novamente ocorreram as cheias; e em um terremoto no Chile.

“É muito importante ter pessoas capacitadas para essas situações. Elas são mais difíceis de acontecer, mas fazemos um treinamento contínuo, com teoria e prática, para todos estarem preparados”, aponta o presidente.

O grupo não tem recursos próprios e depende de doações para promover cursos ou eventos. Demais gastos, como alimentação e combustível, são custeados pelos próprios integrantes.

“Esse ano conseguimos comprar alguns materiais novos, como um GPS, com a ajuda do Rotary e do evento da Feijoada do Moa”, comenta.

Siewerdt completa que a instalação provisória na Arena será positiva por conta da localização, espaço e proximidade com outros órgãos.

“Ainda não temos uma estimativa de quando sairia para construir a sede, dependemos da doação do terreno”, finaliza.

 

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