Editorial OCP – Finalmente, a volta à vida normal em 2018

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Por: OCP News Jaraguá do Sul

14/01/2018 - 10:01 - Atualizada em: 14/01/2018 - 17:29

Depois de três semanas fora da rotina, com a população vivendo no ritmo das festas de fim de ano, folgas estendidas e férias coletivas, aos poucos o clima rotineiro começa a tomar conta da cidade. E a tendência, em Jaraguá do Sul, é de que esta rotina se torne mais evidente a partir da segunda-feira, quando a maioria das empresas que ainda adota o sistema de férias coletivas retoma as atividades.

Além da retomada da indústria, a expectativa é de que comércio e serviços finalmente também retomem integralmente suas atividades, pois o hábito de fechar estabelecimentos por longos períodos nestes setores também é uma espécie de tradição adotada em Jaraguá do Sul. Um hábito que com certeza precisa ser revisto, pois mesmo que a maioria das grandes indústrias pare, a ideia de que ela se esvazia nesta época é falsa.

Além de parcela da população que continua com suas atividades normais, a cidade recebe também turistas e muitos visitantes, e a gama de atrações fica muito reduzida.

Não é mais concebível que em pleno 2018, em uma cidade com uma população de cerca de 170 mil habitantes, comércio e prestadores de serviços se deem ao luxo de férias coletivas. Na realidade, essa é uma herança antiga, que remonta à década dos anos 1970, quando a cidade tinha cerca de 33 mil habitantes e as grandes indústrias passaram a adotar as férias coletivas por duas ou três semanas, de acordo com a movimentação do mercado.

Deste então, o comércio também achou que podia tirar férias coletivas e esta prática, assim como outra bem peculiar de Jaraguá, que é não abrir na manhã da Quarta-feira de Cinzas, embora o Carnaval não seja uma grande tradição na cidade, acabaram arraigadas em sua cultura.

Porém, é necessário lembrarmos que em quase meio século a cidade mudou, a população deu um salto e hoje está em torno de 170 mil habitantes, sem contar os moradores da região, que muitas vezes recorrem aos setores de comércio e serviços do município para determinadas atividades e encontram as portas fechadas.

Encontrar um médico especialista é uma dificuldade e por consequência os pronto-socorro dos hospitais estão entulhados de pacientes esperando de quatro a cinco horas, ou até mais, por um atendimento que se revolveria em cinco minutos em um consultório.

É inconcebível que um turista chegue a Jaraguá do Sul e ao tentar conhecer determinado restaurante, lanchonete ou fazer compras encontre na porta uma plaquinha informando férias. A economia precisa girar e o turismo é um filão que precisa ser pensado com maior carinho por todos. E 2018 nos convida a rever os velhos hábitos.