Samuel Lopes: Do tiro recreativo ao profissional

Por: OCP News Jaraguá do Sul

16/10/2016 - 10:10 - Atualizada em: 18/10/2016 - 07:00

Samuel lopes tiro baependi - em (20)-2Há 25 anos no tiro esportivo, o jaraguaense Samuel Lopes acumula diversas conquistas em seu currículo. Já foi diversas vezes campeão estadual, nacional, sul-americano. Ele é um dos melhores atiradores do ranking brasileiro e há 20 anos integra a seleção do país. Tendo encarado como profissão o costume inserido na cidade por imigrantes alemães, Lopes é uma referência no que diz respeito à boa mira e conhecimento técnico.

Acostumado a atirar desde criança, ele acabou desenvolvendo o gosto pela modalidade. Aprendeu com o pai, em um sítio, onde atirar era uma espécie de diversão de fim de semana. Um pouco mais velho, começou a participar do Clube de Caça e Tiro Marechal Rondon, que hoje não existe mais. Foi neste momento que o caminho dele cruzou com o da Schützenfest.

Por alguns anos, o atirador representou o clube nas competições oficiais da festa. Mas Lopes percebeu que com dedicação e disciplina conseguiria chegar mais longe com o tiro esportivo. E foi o que aconteceu. Em 1991, ele fez sua estreia no Campeonato Estadual, em 1996, recebeu a primeira convocação para a seleção brasileira. De lá para cá, foram diversas conquistas. O atleta atira com a carabina 22 e é especialista no tiro deitado, mas também existem as modalidades de ar comprimido, apoiado e seta. Atualmente, Lopes continua competindo como atleta e tendo resultados positivos, mas também é técnico do Clube de Atiradores Jaraguá (CAJ), que busca o décimo título nos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc).

Lopes explica que há algumas diferenças entre as competições de sociedades e os campeonatos esportivos. “A distância e a arma são as mesmas, mudam alguns acessórios e o diferencial é o apoio também. O número de tiros é maior. Enquanto em todo o campeonato das sociedades cada atirador dá 60 tiros, apenas em uma competição, um atleta tem uma hora para dar 60 tiros”, comenta.

Porém, o ambiente de tiro das sociedades não é algo estranho para o atleta, já que ele treina no Clube Atlético Baependi, que em 2016 investiu em armamento, formação de atletas e conseguiu um bom desempenho na Schützenfest.

Apesar de seguir um caminho diferente, Lopes admira o trabalho feito pelas sociedades tradicionais da cidade e diz que, a partir delas, o município pode incentivar o surgimento de atletas. “Acho que os clubes fomentam essa prática esportiva e a tradição, é algo a ser mantido.

Muitos atletas surgem porque praticaram em suas sociedades. Porém, ele acredita que é preciso fazer investimentos para aumentar o nível técnico dos atiradores. “É algo que contribui para quem realmente quer ser atirador. Se eu não treinasse quase todos os dias, não seria um dos melhores do ranking brasileiro. Quem treina mais consegue os melhores resultados”, afirma.