Profissionais que se dedicam diariamente a cuidar da saúde das pessoas, olhando a individualidade de cada paciente que está a frente. A dedicação e resiliência desses trabalhadores é celebrada nesta quarta-feira (12), Dia Internacional da Enfermagem.
Após muitos anos nas linhas de frente como enfermeira, hoje Daiane Maria Vieira, 39 anos, atua como gestora assistencial do Hospital e Maternidade Jaraguá.
Nos mais de 13 anos de profissão, lidando diretamente com momentos importantes na vida de muitas famílias, o que mais marca é ver a emoção pelos corredores da unidade. Momentos que também são especialmente celebrados pelos profissionais.
“Inúmeras vezes que vi pai e mãe chorando emocionados pelo nascimento do filho, fazendo parte do momento mais feliz da vida de alguém, e ainda o abraço de familiares após os pacientes saírem da UTI e alta do hospital”, conta.
Daiane, que antes da faculdade nunca havia tido contato com a área e poucas vezes havia entrado em uma estrutura hospitalar, acredita que a profissão foi um chamado. Mesmo sem nenhuma experiência prévia, se apaixonou pela enfermagem.
Na prática, ela conta que descobriu como a interação com os pacientes, essa capacidade de perceber cada indivíduo como único, traz a possibilidade de aplicar os conhecimentos e contribuir para a reabilitação.
“A enfermagem nos sensibiliza à valorização da vida e nos torna seres humanos melhores a cada dia”, afirma.
Apesar das características básicas, a profissão também se adequa a muitas realidades que são vivenciadas dentro de uma unidade. No Hospital Jaraguá, por exemplo, existem enfermeiros, técnicos e auxiliares atuando de 6 a 12 horas por dia, dependendo da área.
Vai desde o atendimento de urgência e emergência, aos enfermeiros cirúrgicos, clínicos, no cuidado intensivo, na maternidade infantil, central de esterilização, farmácia, no centro de imagem, banco de leite, área administrativa, como a Daiane; entre outros.
“O profissional de enfermagem hoje tem de ser dinâmico, atencioso, líder, ter empatia com o paciente e acima de tudo ser apaixonado pela profissão que todos os dias é um novo cenário.”
As incertezas da pandemia
Se para a população a pandemia de Covid-19 trouxe mudanças e incertezas, não foi diferente para os profissionais de saúde. Mas enquanto muitas pessoas puderam se isolar e mudar as rotinas para trabalho remoto, esses profissionais têm estado diariamente próximos do vírus.
“Os profissionais linha de frente estão atuando como verdadeiros guerreiros, com o amor e dedicação de sempre. Porém os cuidados desses pacientes exigem mais da equipe, e o cansaço é inevitável, por isso pedimos a população que continue cumprindo os protocolos de prevenção da doença”, comenta Daiane.
Ela mesma atuou na linha de frente no início da pandemia e comenta que foi o momento mais desafiador de sua carreira como enfermeira, especialmente pela incerteza de quanto tempo o vírus ainda continuará circulando e levando um número expressivo de pessoas aos hospitais.
Arte de cuidar
O Dia Internacional da Enfermagem é celebrado mundialmente na data de nascimento de Florence Nightingale, considerada a “mãe” da enfermagem moderna.
Na guerra da Crimeia, trabalhou incansavelmente e ficou conhecida como “Dama da Lâmpada” – instrumento que usava durante a noite para tratar os feridos. Florence Nightingale fundou a primeira Escola de Enfermagem secular do mundo na Inglaterra, em 1860.
“A enfermagem é uma ciência caracterizada como a arte do cuidar, sendo assim cabe aos profissionais implementar o cuidado de forma individualizada e eficaz, aplicando o seu conhecimento para contribuir com a reabilitação e cura do paciente, ou até mesmo proporcionar uma “passagem” com dignidade”, comenta Daiane.
No Brasil é comum a celebração da Semana da Enfermagem, que começa em 12 de maio e termina em 20 de maio, com a comemoração do Dia do Auxiliar e Técnico de Enfermagem.
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