Dexametasona e coronavírus: saiba quando o remédio pode ser usado no tratamento da Covid-19

Por: Elissandro Sutil

17/06/2020 - 10:06 - Atualizada em: 17/06/2020 - 10:56

Resumo da notícia:

  • Estudo apontou a dexametasona como o primeiro medicamento comprovadamente eficaz para reduzir a mortalidade da Covid-19.
  • A dexametasona é um corticoide comumente receitado para alergias graves, artrite reumatoide e outros problemas.
  • A medicação seria útil para os quadros mais severos da infecção.

 

Estudo de um consórcio de pesquisadores britânicos, chefiados pela Universidade de Oxford, apontou a dexametasona como o primeiro medicamento comprovadamente eficaz para reduzir a mortalidade da Covid-19.

Embora a pesquisa ainda não tenha sido publicada, a notícia animou a comunidade científica e profissionais da saúde. Entretanto, é preciso esclarecer em que circunstância a eficácia do remédio é comprovada.

A dexametasona é um corticoide comumente receitado para alergias graves, artrite reumatoide e outros problemas, mas, contra o coronavírus, apresenta resultados em casos específicos.

Dexametasona e coronavírus: em que casos ela pode ser usada?

Os autores divulgaram resultados preliminares na página oficial do estudo Recovery, que vem testando a eficácia e a segurança de diferentes medicações frente ao coronavírus.

A conclusão dos cientistas é a de que a dexametasona diminui em 35% o risco de morte nas pessoas que estavam recebendo ventilação mecânica por causa da Covid-19.

 

 

Nos voluntários submetidos à oxigenação, mas que não chegaram a recorrer ao respirador artificial — um subgrupo um pouco menos grave —, a queda na mortalidade foi de 20%.

“Baseado nesses resultados, uma morte seria prevenida com esse tratamento a cada oito pacientes em ventilação mecânica ou uma a cada 25 entre quem só necessitava de oxigênio”, afirma o documento.

Deve-se comprar a dexametasona na farmácia?

Nas pessoas com casos leves de coronavírus, não houve diferença na mortalidade. Portanto, a medicação seria útil apenas para os quadros mais severos da infecção — não adianta tentar comprar na farmácia.

Cabe destacar que, apesar da boa notícia, a dexametasona não opera milagres, segundo o próprio comunicado dos cientistas. Ela reduziu o risco de morte em pacientes graves, mas não o zerou.

Além disso, alguns centros já utilizam a medicação. Esse trabalho, portanto, ajuda a definir o paciente que mais se beneficia e a dose adequada. Por outro lado, ele não resolve, por si só, a pandemia.

Com informações da Veja Saúde

 

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