Coronavac e Astrazeneca reduzem em 75% e 90% risco de morte no Brasil, aponta estudo

Foto Leonardo Sousa/PMF

Por: Isabelle Stringari Ribeiro

30/08/2021 - 14:08 - Atualizada em: 30/08/2021 - 14:11

Um estudo publicado na plataforma medRxiv informou que as vacinas Coronavac, do Instituto Butantan, e da Oxford/Astrazeneca têm alta eficácia contra hospitalização e morte por Covid-19 no Brasil.

A pesquisa, é baseada em mais de 75 milhões de brasileiros vacinados entre os dias 18 de janeiro e 24 de julho deste ano. O resultado aponta que o índice da Coronavac foi de aproximadamente 75% de efetividade, enquanto a Vaxzevria, imunizante da Astrazeneca, teve aproximadamente 90%. Segundo os pesquisadores, trata-se do primeiro levantamento nacional para verificar a efetividade dos imunizantes no país.

“A vacinação com Vaxzevria ou Coronavac foi eficaz contra a infecção por SARS-CoV-2 e altamente eficaz contra hospitalização, admissão na UTI e morte em indivíduos até 79 anos”, concluíram os pesquisadores.

O estudo é assinado por pesquisadores da Fiocruz (Fundação Osvaldo Cruz), Universidade Federal da Bahia, Universidade Federal de Ouro Preto, Universidade de São Paulo, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Universidade de Brasília e da London School of Hygiene & Tropical Medicine.

Redução gradual da eficácia de vacinas

De acordo com os dado, há uma redução gradual da eficácia para ambas vacinas em indivíduos acima de 80 anos, que, segundo o estudo, “podem se beneficiar de uma dose de reforço”.

“Vaxzevria demonstrou eficácia geral contra Covid-19 grave até 89 anos e da CoronaVac até 79 anos de idade”, dizem os pesquisadores.

De 80 a 89 anos, o imunizante Vaxzevria teve 89,9% de eficácia contra morte e a CoronaVac 67,2%. Para acima de 90 anos, a proteção pela Vaxzevria foi de 65,4% e de 33,6% pela Coronavac.

“Altas taxas de transmissão do vírus e a presença de variantes preocupantes podem afetar a eficácia da vacina. Ambas as condições ocorrem em países de baixa renda, que usam principalmente tecnologias de vetores de vacinas ou vírus inativados”, apontam os pesquisadores no estudo.

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Isabelle Stringari Ribeiro

Jornalista de entretenimento e cotidiano, formada pela Universidade Regional de Blumenau (FURB).