Em entrevista coletiva concedida à imprensa na manhã de segunda-feira (28), o prefeito de Joinville, Udo Döhler, assegurou a normalidade dos serviços públicos essenciais, pelo menos, até quarta-feira (30).
De acordo com ele, desde a semana passada o município se preparou para possíveis problemas decorrentes da paralisação. Um comitê de crise foi instaurado e acompanha permanentemente os desdobramentos do cenário. Além disso, os servidores públicos municipais se mantêm em seus postos de trabalho, garantindo o atendimento à população.
“A situação ficou mais grave do que imaginávamos. Conseguimos manter os serviços e, pelos próximos três dias, não teremos nenhum atendimento contingenciado”, afirmou.
Como medidas iniciais, na área da saúde, a Prefeitura de Joinville solicitou escoltas para assegurar a entrega de insumos nos setores de oncologia e hemodiálise. Todas as unidades de saúde seguem com atendimento normal e mantêm a totalidade dos serviços.
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A única alteração observada no setor foi a redução do número de doares de sangue no Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina – HEMOSC, de Joinville sem comprometer o atendimento.
As atividades também se mantêm normais na rede municipal de ensino. No entanto, nesta segunda-feira, dos 71 mil alunos matriculados, 6,5 mil faltaram às aulas, sendo que o número normal de faltantes é de 1,1 mil.
Assim como as aulas, o fornecimento da merenda escolar será mantido nesta semana, mas haverá adaptações no cardápio em virtude da falta de produtos hortifrutigranjeiros sem afetar a qualidade nutricional das refeições.
Na área do transporte público, o comitê de crise da Prefeitura está em contato com as empresas de ônibus e o serviço está assegurado até quinta-feira (31). Em virtude do feriado, os horários dos coletivos deverão ser modificados, prolongando a disponibilidade de combustível. Além disso, algumas empresas deram férias aos funcionários, o que também deve diminuir o número de passageiros em trânsito e permitir a redução de ônibus em circulação.
“A partir de hoje, vamos negociar para que o combustível que temos para abastecer a nossa frota da saúde, educação e segurança também fique disponibilizado para as empresas de ônibus”, completou o prefeito.
Ainda como medidas de contenção e prevenção, a Prefeitura de Joinville determinou que toda a sua frota permanecerá parada nos finais de semana, com exceção dos veículos que atendem as áreas da saúde, segurança e educação. Nos dias da semana, a medida é reduzir pela metade os uso dos veículos.
Mesmo com a previsão de normalidade dos serviços no decorrer desta semana, a Prefeitura de Joinville se mantém alerta:
“Por enquanto, a situação nos permite seguir sem nenhuma medida emergencial. Em caso de algum desdobramento mais grave, poderemos decretar situação de emergência”, declarou o prefeito.
Segundo o prefeito, nos primeiros sete dias da greve, o Estado de Santa Catarina perdeu R$ 400 milhões.
“Isso vai afetar as despesas para os municípios, e a União também pode encolher seus repasses. O município está na ponta e não tem o que fazer”, afirmou o prefeito Udo Döhler.
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