A formação da corte da VII Festa do Agricultor de Ermo, no Sul do estado, vem dando o que falar. Isso porque, uma candidata trans, que não ficou entre as escolhidas (rainha e princesas), buscou na justiça para que a escolha seja pautada sem discriminação e de forma imparcial.
A candidata alega que tomou conhecimento de uma publicação feita de cunho transfóbico pelo deputado estadual Jessé Lopes, nas redes sociais, semanas antes. O parlamentar foi um dos jurados do concurso, que ocorreu no último dia 7.
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Reprodução / Redes Sociais
Por decisão judicial, o resultado final do concurso acabou sendo suspenso, sob pena de multa de R$ 60 mil.
O deputado estadual confirmou que a decisão jurídica foi fundamenta por uma possível parcialidade dos votos dele enquanto jurado.
Ele se manifestou nas redes sociais sobre o assunto.
“O edital, em seu Art. 16, é bem claro ao prever que “No desfile, as candidatas finalistas serão julgadas por jurados escolhidos sigilosamente pela Comissão Organizadora do Concurso, que não apresentem vínculo de parentesco e/ou profissionais com as mesmas, e que não residam no município de Ermo.” Continua o edital: “O número de jurados será ímpar, sendo a banca de júri composta por cinco (5) integrantes”. No Art. 17, é dito que “Os quesitos avaliados e pontuados serão: entrevista, beleza, postura, carisma e expressão corporal”.
Meus votos foram pautados exatamente em respeito a estes termos e critérios, independente de eu concordar ou não com a participação de pessoas trans nesses concursos. Como a decisão, por ora, apenas suspende os efeitos do resultado do concurso até a decisão o final do processo, aguardaremos a manifestação do município e os trâmites do processo.
Por fim, lamento a decisão da justiça e a prepotência da candidata em questão, ao se achar prejudicada por causa de UM jurado, sendo que éramos em CINCO. Foram 3 vencedoras e 9 perdedoras, mas só a pessoa TRANS achou ruim. A cidade de Ermo não merece passar por esse constrangimento por conta da imposição ideológica dessa turma”, finalizou.