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“Sol artificial” chinês bate recorde ao operar por 16 minutos

Foto: Reprodução/ Institute of Plasma Physics China

Por: Pedro Leal

23/01/2025 - 15:01 - Atualizada em: 23/01/2025 - 15:33

O Experimental Advanced Superconducting Tokamak (EAST), reator de fusão experimental da Academia Chinesa de Ciências (CAS) bateu um recorde em sua última operação – o gerador experimental em Hefei manteve seu “sol artificial” ativo por 16 minutos, batendo uma nova marca mundial.

Segundo a CAS, a marca de 16 minutos é considerada um ponto crítico da fase de fusão; Sustentar o plasma ativo em tais circunstâncias é essencial para determinar sua viabilidade e segurança, mas conter o processo ainda é arriscado.

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O reator libera energia a partir de processos de fusão nuclear, o mesmo processo gerado no núcleo de estrelas; No caso do Sol, a fusão entre dois átomos de hidrogênio forma um átomo de hélio. Uma vez que o hélio é mais leve, o restante da massa é liberada na forma de energia térmica. A ideia dos cientistas chineses é replicar o mesmo processo em um Tokamak usando o deutério, um isótopo do hidrogênio.

Um Tokamak é um dispositivo experimental projetado para confinar plasmas de alta temperatura numa região com a forma de um toróide, usando para isso campos magnéticos intensos. Dessa forma, é possível o estudo de plasmas em condições de temperaturas e densidades que possam levar à fusão nuclear controlada de núcleos leves como o deutério e trítio

O termo tokamak é uma transliteração da palavra russa tокамак que por si só é um acrônimo das palavras: “тороидальная камера с магнитными катушками” (toroidal’naya kamera s magnitnymi katushkami) — câmara toroidal com bobinas magnéticas; o reator foi teorizado no final da década de 1950 pelos físicos soviéticos Igor Tamm e Andrei Sakharov e construído pela primeira vez no Instituto Kurchatov em Moscou.

 

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).