Uma comissão formada por profissionais da educação começa a discutir nesta semana o calendário de reposição das aulas em Jaraguá do Sul. Com a greve da categoria, iniciada em 6 de março e suspensa na quinta-feira (6), o município terá que repor 24 dias letivos para completar a carga horária de 200 dias e 800 horas, estabelecida pela Lei de Diretrizes e Base (LDB). Pelo calendário municipal, o ano letivo encerra no dia 22 de dezembro, incluindo o período de recuperações. A data ainda se mantém, afirma o diretor de Ensino da Secretaria de Educação, Antônio de Souza Junior, e a comissão – que será montada nesta semana – vai avaliar se será possível encaixar os 24 dias de aula ainda neste ano. A preocupação, acrescenta o diretor, é em não precipitar a reposição das aulas e comprometer a qualidade do ensino, prejudicando o aluno. O grupo com 12 profissionais será nomeado pelo prefeito Antídio Lunelli (PMDB). Deverão fazer parte da comissão diretores de centros de educação infantil e escolas, representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinsep) e servidores da Secretaria de Educação. A nomeação será por meio de portaria, explica Souza Junior, para a formalidade e registro do processo. O calendário finalizado será apresentado ao promotor do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), Rafael Meira Luz, autor da ação que pediu o retorno integral dos servidores das pastas de Educação, Assistência Social e Saúde ainda no período de greve. O Conselho Municipal de Educação também receberá o documento e, então, o calendário será divulgado à população. Na sexta-feira passada, primeiro dia após o período de paralisação, boa parte dos alunos acabaram não retornando às aulas, pois muitos pais preferiram retomar a rotina nesta segunda-feira (10). A Prefeitura também estava preocupada com a distribuição da merenda escolar. Secretaria de Saúde reorganiza fila de espera Depois de 31 dias corridos de greve, a Secretaria de Saúde também trabalha para normalizar os atendimentos e serviços prestados. O secretário da pasta, Jonas Germano Schmidt, informa que o setor vai reorganizar as filas de espera para consultas e procedimentos. Durante o período de paralisação, explica o secretário, muitos pacientes não tiveram atendimento realizado, novos pacientes precisaram agendar consulta, entrando na fila, e outros acabaram buscando atendimento particular ou em outras cidades. “Vamos ter que refazer a classificação das filas, a regulação, contato com as pessoas, aí vamos saber o tamanho da fila de espera”, diz Schmidt. No momento, a realização de mutirões para atender à demanda reprimida não está sendo discutida, pontua o secretário. O secretário avalia que houve comparecimento de “praticamente todo o contingente” da Saúde no retorno às atividades. Na sexta-feira (7), os trabalhos foram mais focados em ajustes internos, como levantamento de materiais em falta. A partir desta segunda-feira (10), os serviços devem estar regularizados. Nos postos de saúde, a secretaria mantém a prioridade aos atendimentos a pacientes crônicos – como diabéticos e hipertensos –, que podem buscar o atendimento na unidade em que já faziam acompanhamento. Aos pacientes da fila de espera por consultas nos postos, a orientação é de que aguardem o contato por telefone, para informações sobre a data de comparecimento à unidade. Também nas unidades básicas de saúde a população pode voltar a buscar os serviços de vacinação e retirar medicamentos, nos locais onde os serviços são oferecidos. Havendo a falta de medicamentos, os profissionais farão a orientação ao paciente e a secretaria vai providenciar a reposição. Quanto aos serviços de enfermagem, a Prefeitura informa que a rotina segue normal e não há necessidade de agendamentos. Os pacientes que aguardam por atendimento especializado na Policlínica João Biron também devem esperar o contato por telefone para agendamento de consultas ou exames. Já os demais serviços e programas, seguem o ritmo normal.