O entra e sai constante de pacientes faz parte da rotina do Centro de Tratamento de Doenças Renais de Jaraguá do Sul, que está no 25º ano de atuação. A unidade da Fundação Pró-Rim no município atende em média 45 pessoas por dia, sem contar os casos emergenciais.
A unidade foi criada em 1994 com o intuito de garantir mais segurança e conforto para quem precisava se deslocar três vezes por semana para Joinville, local mais próximo que contava com o tratamento de hemodiálise.
De acordo com a diretora técnica e nefrologista do centro, Lúcia Tabim de Oliveira, os pacientes passam pela hemodiálise três vezes por semana, durante quatro horas. A equipe conta com cerca de 30 funcionários.
A nefrologista alerta que as principais causas para insuficiência renal no país são a hipertensão arterial e a diabete crônica. “Precisamos enfatizar a importância do diagnóstico de alteração da função renal precocemente. Isso é possível através de dois exames bem baratos e disponíveis nos postos de saúde”, explica.
Um deles é o que mede a taxa de creatinina no sangue e o outro é o exame de urina. A creatinina, produzida em ritmo constante pelos músculos, é eliminada somente pelos rins e funciona como um marcador para se estimar a função renal. Quando o órgão não está funcionando bem, o nível de creatinina fica elevado.
Além da hipertensão e diabete, outras doenças que podem levar a insuficiência renal são as nefrites crônicas, cálculos renais, complicações oncológicas e problemas hereditários, por exemplo. Para prevenir, Lúcia destaca os hábitos saudáveis, ingerir bastante água, não comer alimentos com muito sal e evitar o uso desnecessário de antibióticos.
Sintomas
O ideal, segundo a nefrologista, é fazer o exame de creatinina uma vez por ano. Já quem tem o risco de ser hipertenso deve seguir as orientações médicas. “Nunca é bom esperar por sintomas porque quando a insuficiência crônica dá sinais, já está em um nível avançado”, comenta.
Alterações no hábito de urinar, como sentir mais vontade à noite do que de dia; apresentar inchaço nas pernas e no rosto; e ter pressão alta podem ser alguns sintomas. Em fases mais graves, os pacientes podem perder o apetite, emagrecer e vomitar com frequência.
Os pacientes com problemas renais da região contam com o apoio de uma associação, presidida por Silvana Aparecida Pra. Ela descobriu o problema renal aos 14 anos. Com 25, passou por um transplante do órgão porque os dois rins tinham parado de funcionar.
A associação arrecada fundos para rifas, bingos, eventos e possíveis demandas de exames e medicamentos de quem é atendido pelo Pró-Rim. “É uma forma de deixar o ambiente mais familiar porque eles passam muito tempo aqui”, observa.
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