Depois de perder a eleição de 2012 e ficar quatro anos afastado do governo, Nilson Bylaardt (PMDB) tenta voltar à cena no pleito de outubro. A aposta principal dele e de seus aliados é que a população sente saudades da Guaramirim de quatro anos atrás. “As pessoas brincam que Guaramirim é a cidade da latinha”, disse ontem ao visitar a redação do O Correio do Povo. Eu, que nunca tinha ouvido a expressão, não entendi. Foi o candidato a vice de Bylaardt, João Deniz Vick, quem explicou. “A cidade foi sucateada. Tinha tudo, e agora não tem nada. Quando falam de Guaramirim dizem: lá tinha maternidade, não tem mais, lá tinha Casa da Cultura, não tem mais, lá tinha Sábado Cidadão, não tem mais. Não tem mais decoração natalina, não tem Feira das Delícias e nem os projetos que promovem qualidade de vida aos idosos”, citou Vick dando a deixa de que a comparação com o governo de Lauro Fröhlich (PSD) deve ser um dos pontos chaves da campanha do PMDB, que decidiu ir de chapa pura na majoritária, prometendo economia de recursos públicos. Aos 53 anos, Nilson Bylaardt afirma ainda que a união da experiência com a juventude, – seu vice já foi secretário de Saúde e chefe de gabinete, mas tem apenas 30 anos – é outro ponte forte. Entre as prioridades, o ex-prefeito cita – além de reativar seus antigos projetos – a reestruturação da Saúde, abertura de um debate sobre a melhor forma de gestão do Hospital Santo Antonio, diminuir as filas para consultas e exames, contratação de novas equipes de ESF, mutirão de cirurgias e a reabertura da maternidade. “Vão voltar a nascer guaramirenses”, promete. Na educação, Bylaardt propõe a avaliação de um sistema terceirizado, como o Positivo, aumento das vagas nas creches, e plano de carreira aos servidores. Sobre a falta constante de água, diz que o modelo de gestão deve ser reavaliado e investimentos precisam ser feitos no setor. Na infraestrutura, uma das prioridades será a pavimentação da estrada Bananal do Sul, somando 12 quilômetros. Para tirar tudo isso do papel em meio à crise econômica, o ex-prefeito anuncia que se eleito irá trabalhar com apenas seis das onze secretarias até a situação do caixa melhorar e que irá priorizar a nomeação dos servidores efetivos para os cargos comissionados. E, por último, Bylaardt diz que seu governo irá atuar fortemente na busca de recursos em Florianópolis e Brasília, pois acredita que somente assim é possível tirar do papel as grandes prioridades do município. “Nós temos como aliados Carlos Chidoni, Mauro Mariani, Dario Berguer. Sabemos onde pedir ajuda e para quem”.
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