O comandante está na área. Nesta sexta-feira (28), Paulo Baier foi oficialmente apresentado como novo técnico do Juventus para a sequência da Série B do Campeonato Catarinense, após a demissão de Gelson Conte.
Com uma história de sucesso como atleta ao defender grandes clubes durante os mais de 20 anos de carreira, o agora treinador de 49 anos chega com a missão de mudar o Moleque Travesso. Com vitória apenas na estreia, o time hoje está fora da zona de classificação, restando quatro rodadas para o fim da primeira fase.
E o perfil do ex-meia agrada na busca pela reabilitação. Com trabalhos marcantes pelos clubes que passou, Paulo Baier é um treinador intenso, que cobra incansavelmente os jogadores por uma evolução técnica e tática. Um estilo que remete aos tempos dentro de campo, sempre visto como um líder no vestiário. E no Tricolor não vai ser diferente.
Além disso, o gaúcho de Ijuí conhece bem a competição, pela qual já foi campeão com o Próspera, um dos quatro times catarinenses que comandou na carreira. Brusque, Criciúma e Figueirense foram os outros, sendo que o último trabalho foi no Alvinegro da capital em 2023.
“Tive oportunidade de trabalhar por último no Figueirense e foi um bom trabalho pelas circunstâncias do clube. Nesse período (sem clube) procurei observar jogos em geral e surgiu essa oportunidade no Juventus. Foi muito rápida a conversa e estou aqui para ajudar. Já conhecia a estrutura e sabia da situação do Juventus. Sei da dificuldade, são quatro jogos para o fim da primeira fase e vamos jogo a jogo. Domingo (30) é o mais importante, precisamos somar pontos. O primeiro objetivo é classificar e depois é outra situação”, destacou.
A estreia de Paulo Baier no Juve será neste domingo, contra o Tubarão, às 15h, no Sul do Estado. No momento, o time jaraguaense ocupa o oitavo lugar na tabela, com cinco pontos.
“É uma honra estar nesse momento especial do clube com a chegada do Paulo. É uma oportunidade para cidade estar presenciando a figura do Paulo como treinador e o exemplo que foi como atleta. Estou muito feliz, ele vai agregar muito ao grupo. Tenho certeza que com o conhecimento dele e a qualidade do elenco vamos conseguir nosso objetivo”, disse o presidente Paulo Marcelino.
Veja a entrevista completa de Paulo Baier:
Primeiras impressões e desafio
“Agradeço ao presidente e todos pela oportunidade. É um grande desafio e gosto disso. Pretendo fazer meu melhor para que a gente possa conseguir nossos resultados e o maior objetivo (acesso). A gente sabe que o Juventus vem num momento ruim no campeonato em que precisamos reagir o mais rápido possível e nessa situação é trabalhar, fazer os jogadores entender a filosofia de trabalho”
Último trabalho e acerto com o Juventus
“Tive oportunidade de trabalhar por último no Figueirense e foi um bom trabalho pelas circunstâncias do clube. Nesse período (sem clube) procurei observar jogos em geral e surgiu essa oportunidade no Juventus. Foi muito rápida a conversa e estou aqui para ajudar. Já conhecia a estrutura e sabia da situação do Juventus. Sei da dificuldade, são quatro jogos para o fim da primeira fase e vamos jogo a jogo. Domingo (contra o Tubarão) é o mais importante, precisamos somar pontos. O primeiro objetivo é classificar e depois é outra situação”
Elenco juventino
“Trabalhei com o Hélio Paraiba no Brusque e já tenho conhecimento, o goleiro Lucio. Já estava observando os atletas desde o acerto e vendo jogos. Agora é questão de ajustar e colocar minha filosofia de trabalho, da forma de jogar, de reação. Não tem tempo, são dois dias para o primeiro jogo, mas a conversa vai prevalecer”
Perfil de time
“A primeira coisa é organização. Gosto de um time organizado e aguerrido. Sempre preferi primeiro fazer o gol e buscar ele a todo momento. Lógico que para isso tem que ter organização e isso consigo fazer bem. Na maioria dos clubes que passei, os times foram organizados e isso é no dia a dia do trabalho para fazer eles (jogadores) entenderem essa filosofia”
Experiência na Série B
“Fui campeão da Série C e B do Catarinense com o Próspera. Conheço muito bem a competição, que é totalmente diferente da Série A. Os campos são irregulares e tem que ter mais disposição do que técnica. A técnica é importante, mas a disposição, gnahar duelos é fundamental para conquistar alguma coisa. Só querer jogar não vai conseguir os objetivos. Se os jogadores comprarem essa ideia já começamos a melhorar”
Liderança no vestiário
“O vestiário ganha jogo. A concentração, o foco, a determinação e união dentro do vestiário são importantíssimas e fazem a diferença. Na maioria das vezes quando joguei fui capitão, de ter essa liderança e consigo fazer bem. É um ponto positivo e os jogadores vão entender como funciona no dia a dia. Sou um cara muito chato com relação a isso e cobro muito. Joguei 22 anos e sei o que precisa. Tem jogadores que gostam da cobrança e outros não. Isso tem que entender. Dessa maneira, vamos tentar melhorar”