Esporte de tradição, remo busca espaço em Jaraguá do Sul após medalha no Jasc

Foto Divulgação

Por: Lucas Pavin

13/11/2019 - 04:11 - Atualizada em: 16/11/2019 - 11:47

O 59º Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc) chegaram ao fim no último domingo (10) com grandes conquistas para Jaraguá do Sul. Tiro, ciclismo e taekwondo, por exemplo, cumpriram a expectativa e garantiram medalhas e troféus para cidade.

Mas das 16 modalidades jaraguaenses presentes no evento, sendo metade com representantes subindo ao pódio, uma chamou muita atenção: o remo.

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Tradicional no Brasil, principalmente no início do século passado quando deu origem a alguns dos maiores clubes do país, o esporte quer começar a galgar seu espaço no município ao Norte catarinense.

E se depender da estreia, há motivos para sonhar. Logo em sua primeira participação no Jasc, uma medalha inédita de bronze com Yasmin Alves Ramos (foto abaixo), de apenas 15 anos, na categoria Skiff feminino, que leva no barco um remador com dois remos.

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Além de Yasmin, os atletas Alexandre Mateus, 30, e seu irmão Sérgio Mateus, 23, completaram a equipe, que oficialmente faz parte do Clube Náutico América, de Blumenau, mas costuma firmar parcerias com outras cidades para disputa do Jasc.

Como Alexandre e Mateus residem em Jaraguá do Sul, houve a junção que promete durar por um longo período.

“Pretendemos continuar representando Jaraguá nos próximos anos e possivelmente com mais uma pessoa, porque a Fesporte deve implantar o Double (dupla) feminino e passaremos a ter uma equipe com quatro atletas”, explica Alexandre.

No momento, os irmãos treinam em Jaraguá na academia, através do aparelho remo ergômetro, que simula a remada em si, e vão à Blumenau no fim de semana para se juntar a blumenauense Yasmin na parte prática, com atividades no rio Itajaí Açu.

Alexandre e Sérgio durante o Jasc | Foto Divulgação

Mas o destaque no Jasc pode evitar esse deslocamento em um futuro breve. Existe a possibilidade da criação de uma associação ou agremiação de remo em Jaraguá do Sul, com adeptos e parcerias de algumas empresas para difundir a modalidade.

O Parque Malwee é visto como o local adequado para treinos, especialmente de iniciação, caso a administração permita o uso da lagoa.

“Havendo a possibilidade de treinar aqui mesmo seria um ganho enorme para nosso desempenho e poderíamos ter uma maior representatividade nos Jasc levando o nome da cidade em outras competições estaduais e nacionais”, destaca Alexandre.

Competições e falta de apoio

O ano para os jaraguaenses do remo não acabou no Jasc. No dia 23 de novembro, eles disputam a última etapa do Estadual, enquanto em dezembro, devem participar do Fita Azul, competição muito tradicional do esporte que é realizada em São Paulo.

Já para 2020, estão previstas as presenças nas etapas do Estadual e, se possível, do Sul-Americano, Brasileiro e Mundial, essa especificamente para Alexandre na categoria Máster.

“Temos muito (Alexandre e Sérgio) a evoluir tecnicamente e fisicamente, mas o foco é que ano que vem a gente represente Jaraguá muito melhor do que foi esse ano”, projeta Alexandre.

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Para isso, o atleta vê o apoio fora da água como fundamental. Em Blumenau, o América tem uma ajuda da Prefeitura Municipal, mas é mantido por uma associação de pais, amigos e atletas.

Em caso de mudança para Jaraguá do Sul, a fórmula precisa ser semelhante, além da questão do espaço, que há necessidade de uma área livre de pedras e galhos, por exemplo, e auxilio nos altos custos de equipamento.

“Foi um orgulho representar a cidade nos Jogos Abertos, pois tivemos muito apoio por parte da Secel, dos dirigentes desportivos, da secretária Natália. Demonstraram desde o início empolgação com essa parceria e isso nos deixou ainda mais motivados a seguir com ela”, finaliza Alexandre.

 

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