Uma matéria publicada pela revista Piauí vem dando o que falar no futebol brasileiro nesta sexta-feira (4). Segundo o veículo, a CBF reajustou em 330% os salários dos presidentes das federações estaduais, passando de R$ 50 mil para R$ 215 mil cada.
Além disso, a reportagem revelou uma verdadeira ‘farra’ da entidade com políticos. A CBF teria bancado um grupo de 49 pessoas durante a Copa do Mundo do Catar, incluindo voos em primeira classe, hotel cinco estrelas e ingressos para jogos da seleção brasileira.
As despesas giraram na casa dos R$ 3 milhões aos cofres da Confederação. Entre os beneficiários, estariam deputado, senador, desembargador, cantor, empresário, jornalistas e socialite, bem como membros de seus respectivos familiares.
Outro episódio se refere ao presidente da Federação Amapaense de Futebol e vice-presidente da CBF, Roberto Góes. Ele teria realizado uma viagem para São Paulo acompanhado de sua esposa, a advogada Gláucia Costa Oliveira, que passaria por um procedimento cirúrgico, a irmã e a filha.
Os custos da viagem, incluindo hospedagem em um hotel no Jardins, bairro nobre da capital paulista, e as passagens aéreas, chegaram a R$ 114 mil. Tudo na conta da CBF. O presidente da entidade Ednaldo Rodrigues afirmou que “as despesas dos familiares dessas pessoas (presidentes de federações) são por elas pessoalmente bancadas”.
No fim do mês passado, Rodrigues foi reeleito como presidente da CBF por aclamação. O novo mandato vai até 2030. O mandatário contou com o apoio das 26 federações estaduais e do Distrito Federal, além de de todos os clubes das Séries A e B.