Uma reviravolta está prestes a acontecer no futebol de Santa Catarina. E ela impacta positivamente para o Grêmio Esportivo Juventus.
Nesta semana, a diretoria recebeu a informação dos próprios dirigentes do Almirante Barroso de que o clube de Itajaí irá desistir de participar da Série A do Campeonato Catarinense de 2020.
Com isso, a vaga é assumida pelo terceiro colocado da Série B de 2019, nesse caso, o Moleque Travesso.
Com a necessidade de trocar o gramado do estádio Camilo Mussi para jogar a elite, a alta cúpula do Barroso não entrou em comum acordo com a sociedade que administra o local e não demonstrou interesse em fazer a mudança.
Com o impasse, aliado a falta de recursos e tempo hábil para confirmar o local que mandaria seus jogos, a equipe itajaiense desistiu da vaga.
A decisão deve ser homologada nesta sexta-feira (20), pela Federação Catarinense de Futebol (FCF), que, posteriormente, fará o convite oficial ao Juventus.
Apesar do acesso cair no colo, o caso não garante a participação do Tricolor na Série A. Assim como no Camilo Mussi, o gramado do estádio João Marcatto precisa ser trocado, conforme exigência feita pela FCF.
Para atender a determinação, a diretoria tem que desembolsar cerca de R$ 400 mil. Mas sem dinheiro no caixa, a única saída encontrada pelos dirigentes é iniciar uma força tarefa na busca pelo recurso, junto a empresários da cidade e algumas ações com a torcida que devem ser divulgadas em breve.
“O nosso trabalho vai continuar, mas precisamos ver se Jaraguá do Sul vai abraçar o Juventus e se os empresários vão querer ver o clube novamente na Série A depois de seis anos, com um trabalho correto que está sendo feito desde 2016”, declara Paulo Ricardo Marcelino, diretor de marketing do Juventus.
Corrida contra o tempo
Os R$ 400 mil têm de ser captados até início ou no mais tardar na metade de outubro, para haver tempo hábil da conclusão das obras até o início do Estadual, já que a troca do campo deve durar cerca de 60 a 90 dias.
“A nossa maior dificuldade hoje é a troca do gramado. Vamos lançar campanhas e fazer tudo que estiver ao nosso alcance, mas precisamos da ajuda do empresário. A Série A começa em janeiro e precisamos começar as obras o quanto antes para que em dezembro estejam prontas”, comenta Marcelino.
Em caso de sucesso neste processo, o clube inicia o segundo passo que é a montagem do elenco.
Por se tratar de uma 1ª divisão, o planejamento muda e o investimento na equipe aumenta consideravelmente para tornar o Juventus competitivo diante das principais potências do estado e evitar uma volta precoce à Série B.
Ou seja. Se a cidade abraçar a causa e o dinheiro for arrecadado, o torcedor juventino pode comemorar o retorno à elite do futebol catarinense após seis anos. Caso contrário, o caminho será o mesmo tomado pelo Almirante Barroso.
“Temos uma ideologia de trabalho que é pés no chão. Não vamos fazer loucuras. Se o empresário não abraçar a causa não temos como jogar a Série A, porque não é um pequeno investimento. Queremos o clube na Série A, mas temos que agir por razão neste momento. Estamos confiantes e acreditamos que a sociedade quer o Juventus como mostrou na Série B”, conclui Paulo Ricardo Marcelino.
- Ex-presidente do Juventus receberá homenagem póstuma na Série C do Catarinense
- TJD-SC ordena remarcação dos jogos do Blumenau na Série B do Catarinense
- Juventus coloca quatro representantes na seleção da Série B do Catarinense
- Concórdia goleia Barroso e adia sonho do acesso do Juventus
Receba as notícias do OCP no seu aplicativo de mensagens favorito:
Telegram
Facebook Messenger