A cidade catarinense de São José recebeu neste fim de semana a fase final da Copa Brasil de Voleibol Feminino, que consagrou o Osasco como campeão. E uma das principais atletas da equipe paulista deu uma forte declaração após a decisão contra o Sesi Bauru.
Primeira mulher transexual a disputar uma liga profissional da modalidade, Tifanny falou sobre a luta diária contra a transfobia.
“Vai ter mulher trans campeã sim! Estamos vivendo muita transfobia do esporte. São muitas leis contra as mulheres trans. Então eu tenho que lutar diariamente para jogar. Eu tenho que lutar fora de quadra, eu tenho que lutar dentro de quadra. Mas é por isso aqui, por esses momentos que eu estou lutando”, desabafou.
“A minha classe é a classe que mais sofre. É a classe que mais morre no Brasil. A nossa média de idade (de mulheres trans) é 35 anos. Eu estou com 40, eu sou uma sobrevivente. Mas eu não vou deixar lutar pela minha classe. Porque nós merecemos respeito. Obrigado a todos que lutam pela gente. Sim, vai ter mulher trans! E vou continuar lutando junto com elas”, completou.
O assunto voltou a ser muito debatido pelo mundo nesta semana depois do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinar uma ação executiva que proíbe mulheres transgênero de competir em esportes femininos profissionais.