No rádio, os famosos narradores davam ainda mais emoção às partidas que eram disputadas na Suécia. Os radinhos eram famosos companheiros dos amantes do futebol e foi através das ondas que os brasileiros imaginavam os gols de Zagallo e Pelé e as jogadas de Garrincha que entortavam adversários.
E essa é a primeira lembrança que o consultor Dejair Ramos Garcia, 66 anos, tem de uma Copa do Mundo. Foi assim, imaginando como seria a seleção que ele se apaixonou por futebol a ponto de ser jogador quando jovem.
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Ele conta que chegou a treinar com o time profissional do Santos antes de ingressar na faculdade de Engenharia e abandonar o sonho de um dia fazer o mesmo que Zagallo, Pelé e Garrincha faziam enquanto ele, ainda garoto, ouvia do lado de cá do oceano.
Agora, décadas depois, é a vez dele mostrar ao neto, de 13 anos, os encantos de uma Copa do Mundo. Em 1958, o Brasil foi campeão, agora, ele ainda não sabe, mas confia na seleção de Tite.
Dejair ainda não está com as malas prontas, mas já está com passagens, hospedagem e ingressos garantidos para a Copa da Rússia.
Brasil e Suiça, Brasil e Costa Rica e Brasil e Suécia são os jogos que ele, o filho e o neto vão acompanhar, também lá, no outro lado do oceano, assim como a primeira Copa da qual ele se recorda.
Para ele, essa viagem tem um gostinho especial e, embora o futebol seja uma paixão familiar, o momento com filho e neto é ainda mais importante.
“Eu nunca imaginei que viajaríamos assim, só nós três e ela será muito importante pelo prazer de estar com eles, principalmente com o neto”, conta. E Pedro, de 13 anos, vem com a mesma paixão do pai e do avô.
Dejair conta ainda que passar duas semanas ao lado do filho em uma atmosfera pela qual ele é apaixonado torna a viagem ainda mais especial. O filho, que hoje mora em Caruaru, Pernambuco, saiu muito jovem de casa. “Acho que vai ser muito bom esse período com ele”, ressalta.
Foi inclusive o filho que levantou a ideia e a possibilidade de viajar à Rússia para a Copa. E foi ele também que “bancou” tudo.
“Ele disse: vamos para a Copa. Mas eu achei meio absurdo e ele falou: não se preocupe com dinheiro. Assim, ele se inscreveu para cinco jogos, foi sorteado para os três e em abril começou a organizar a viagem”, explica.
Sem se preocupar com o custo da viagem, Dejair conta que, o gasto, em média, fica em torno de R$ 17 mil para cada um deles.
Camisas de Santos – time do coração –, do Flamengo – time do coração do filho – e da seleção a postos, o consultor acredita que o título fique entre Brasil, Alemanha e Espanha, mas ressalta que os jogos, neste caso, são apenas um complemento para uma viagem que deve fortalecer ainda mais o vínculo familiar.
“O jogo para mim é um complemento. São 90 minutos e o resto é para aproveitar com eles. Eu amo muito a minha família. Não somos de nos visitar muito, por toda a correria, mas tenho certeza que volto de lá com mais conhecimento por toda a cultura e muito mais amor pela família, por ter estado com eles”, finaliza.
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