O que a comunidade evangélica de Jaraguá do Sul pensa sobre o Natal

Pastor Manaceses Adão (D), diz que Natal é momento de oportunidades | Foto Eduardo Montecino/OCP News

Por: Gustavo Luzzani

20/12/2018 - 05:12

O espirito natalino ascende nas pessoas a luz da compaixão e estimula o companheirismo. E são esses lemas que movem a comunidade evangélica em Jaraguá do Sul. O pastor da Assembleia de Deus, Manaceses Adão, disse que a igreja busca promover ajuda às pessoas menos favorecidas.

Quando dezembro se aproxima, a cidade, as pessoas e o comércio se movimentam mais. Segundo Adão, com as igrejas não é diferente. Mas além de promover cultos para os fiéis tenham um conhecimento do que representa o nascimento de Jesus Cristo, eles se preparam para ajudar os jaraguaenses que mais precisam.

No dia 23 de dezembro, domingo, vai ter o ‘Natal com Amor’ para famílias carentes. “Vamos estar distribuindo uma cesta de Natal. Essa ação tem como objetivo mostrar que a igreja tem esse cunho social”, relata.

Por isso, que eles fizeram um levantamento nas mais de 30 igrejas que eles tem espalhadas pelos bairros Jaraguá do Sul e os pastores vão enviar essas famílias carentes para a Assembleia de Deus, no Centro da cidade. “Fazer um culto para Jesus e pedir uma oração a essas famílias”. conta.

A comemoração natalina também contou com uma Cantata de Natal no dia 16 de dezembro, onde foram feitas narrações, louvores e encenação da história bíblica, indo da criação do homem e da mulher até o nascimento de Cristo.

Cantata de Natal | Foto Divulgação

Momento de oportunidade

Para o pastor, Natal é um momento de oportunidade para fazer alguma coisa além de passar horas em uma loja e comprar um presente a seus amigos e sua família. Adão frisa que Jesus não veio salvar pessoas individualmente, e sim beneficiar a todos.

“O Natal é o momento de eu fazer por alguém o que Jesus fez por mim. Seja um abraço ou uma cesta básica”, enfatiza.

Outro ponto que ele tenta estimular aos jaraguaenses é comemorar essa época do ano com todas as pessoas que, de um jeito, precisam de amor e carinho. Por isso, Adão instiga a celebrar com a família, o bairro, a igreja, para espalhar essa união a mais alguém.

Foto Eduardo Montecino/OCP News

A Assembleia de Deus não trabalha o Natal somente como o nascimento de Jesus, mas desenrola a sua história até morrer e ressuscitar, algo que é comum na Páscoa.

“É importante trazer o personagem que é marcante para a vida da nossa igreja, que aconteceu após morrer e ressuscitar para dar vida a nós”, conta.

Data de comemoração

Comemorar o nascimento de Jesus no dia 25 de dezembro sempre gera polêmica entre igrejas e religiões.

De acordo com Adão, a igreja evangélica acredita que ninguém sabe a data exata que Jesus nasceu, mas respeita a data 25, buscando dar mais enfase para a comemoração do que para a data em si.

“Se nós fossemos o dono da verdade e sabíamos a data exata, comemoramos naquele dia, mas a gente não sabe”, diz.

Símbolos natalinos

O Papai Noel, a árvore de Natal, o costume de comprar presentes – tudo isso virou símbolo do Natal. A igreja evangélica não da enfases aos símbolos não contidos na bíblia, mas também não os condena, procurando sempre manter um equilíbrio.

Para Adão, o bom velhinho surgiu com um bom sentido, olhando para atitude de São Nicolau, que ajudava as crianças. Enquanto a questão da árvore também tem seu principio.

“O que não pode é ele tomar um significado maior do que o nascimento de Jesus. Não podemos ofuscar a beleza do aniversariante”, ressalta.

Adão completa dizendo que todos os símbolos surgiram como uma maneira positiva, mas ao longo do tempo seus significados foram alterados, ganhando um significado maior por tudo que gera. “O perigo mora na questão comercial”, explica.

 

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