Dia Nacional do Voluntariado: histórias de quem divide a rotina para fazer a diferença

Foto Divulgação

Por: Giulia Venutti

28/08/2019 - 11:08

Os dias estão cada vez mais tumultuados com os inúmeros compromissos e conseguir conciliar tudo não é uma tarefa fácil. Mas entre a rotina pessoal e de trabalho (sem esquecer do lazer) têm aqueles que conseguem arrumar um espaço na agenda para fazer a diferença.

No Dia Nacional do Voluntariado, comemorado nesta quarta-feira (28), confira duas histórias de quem dedica seu tempo para realizar ações que tocam centenas de pessoas de formas diferentes.

Doença e cura em hospitais da região

Roberta Gonçalves da Luz passou por momentos difíceis em hospitais. O pai e o irmão tiveram problemas sérios de saúde e isso fez com que a família vivenciasse situações delicadas. Com essa experiência, ela começou a pesquisar de que forma poderia amenizar essa sensação para pacientes e acompanhantes, e foi aí que conheceu os Trapamédicos. A ONG atua há 13 anos em instituições da cidade, com intuito de transformar os ambientes e a realidade de pessoas em tratamento.

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Em 2017, Roberta passou pelo processo seletivo do projeto, mas, antes de sair o resultado, foi diagnosticada com câncer de mama.

“No dia 12 de dezembro, eu recebi a notícia e naquela semana mesmo informei a diretoria dos Trapamédicos sobre a minha condição. Fiquei triste, pois achei que isso pudesse interferir na decisão deles de me efetivar como voluntária”, comenta.

Em janeiro de 2018, a surpresa: ela recebeu a confirmação e se tornara uma doutora em besteirologia. Sem mesmo iniciar as visitas oficiais, a quimioterapia já havia a deixado careca. Dra Tampinha, nome da sua personagem, então trocou o laço rosa pelos lenços estampados.

“Foram cinco meses e dez dias de tratamento, duas cirurgias para mastectomia bilateral e uma reconstrução. Neste período, fiz questão de manter minha rotina normalmente, tanto no trabalho como no Trapamédicos”, afirma.

Além de voluntária, Roberta atua com atendimento comercial em uma empresa de comunicação visual da cidade.

Novas experiências por meio da troca

Humberto Cardoso Filho sempre teve participação ativa no voluntariado. Já atuou como presidente do Centro Acadêmico da Furb e, depois, foi fundador da Aiesec em Blumenau, maior movimento de liderança jovem do mundo, que oportuniza intercâmbios em diferentes países para trabalhos voluntários.

Quando decidiu solicitar a licença do TEDxBlumenau, prometeu a si mesmo que, caso conseguisse, iria atuar somente com o que gosta. O principal incentivo para tomar a frente do evento foi a de proporcionar a experiência de troca entre as pessoas, causando impacto na sociedade.

Foto Mariana Florencio

Desde 2015, foram cinco TEDxBlumenau e 11 outros eventos, que reuniram 95 ideias diferentes compartilhadas. A iniciativa já impactou mais de duas mil pessoas presencialmente, além de 1,7 milhão de visualizações no canal do YouTube. Hoje, Humberto divide a rotina entre dois negócios e o trabalho voluntário de fazer a programação sair do papel.

“O maior desafio, para mim, é a gestão da equipe e a sua energia. É preciso saber o que motiva cada pessoa a se doar a esta iniciativa e garantir que todos estejam instigados e com um único objetivo: o de proporcionar uma experiência única através do evento”, encerra.

Atualmente, o voluntariado possui enorme importância social. Além de trazer satisfação pessoal, possibilita que outros seres humanos, sobretudo os mais desassistidos, tenham esperança de dias melhores em suas vidas. Se você dedica parte do seu tempo para ajudar alguém, seja qual for o auxílio, não apenas este, mas todos os dias, são seus!

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