Corupá 123 anos: História e desenvolvimento marcados pela garra dos corupaenses

Foto Divulgação/Prefeitura de Corupá

Por: Elissandro Sutil

07/07/2020 - 06:07 - Atualizada em: 07/07/2020 - 09:03

Corupá completa nesta terça-feira (7) 123 anos. A data de fundação em 1897 refere-se ao dia em que Otto Hillbrecht, Otto Hillbrecht Filho e Wilhelm Ehrhardt compraram os primeiros lotes coloniais. Primeiramente o município chamava-se Hansa Humboldt em homenagem ao naturalista alemão Alexander von Humboldt.

De acordo com a corupaense, especialista em Gestão e Políticas Culturais e presidente do Instituto Catarina Brasilis, Roseli Siewert, antes mesmo da fundação oficial de Hansa Humboldt, já eram conhecidos os acidentes geográficos de Corupá, tais como as serras e principalmente as fortes e altas quedas de água, características que fazem até hoje o município ser destaque.

Colonizado por imigrantes italianos, austríacos, suíços e, principalmente, por alemães, o município passou a ser denominado Corupá a partir de 1 de janeiro de 1944. Roseli explica que Corupá significa “paradeiro de seixos, lugar de muitas pedras”, mas, ela ressalta que existem estudos sendo feitos por profissionais que estudam a literatura indígena que a real tradução do nome seja “beira, margem, beirada, borda”.

Foto Divulgação/Prefeitura de Corupá

O prefeito João Gottardi, pontua que a história de Corupá, hoje com aproximadamente 16 mil habitantes, é marcada pela garra dos agricultores familiares e empreendedores que transformaram a cidade em um importante polo industrial e o principal exportador de banana no Estado.

“Eu sempre digo que o diferencial são nossas pessoas. Todo mundo arregaça as mangas em Corupá. Nossos empreendedores, agricultores e trabalhadores são muito guerreiros. Estamos trabalhando para oferecer melhores serviços a esta população”.

Baseada na agricultura, em especial a bananicultura, a economia local também se atrela ao cultivo em grande escala de plantas ornamentais, orquídeas e bromélias, que hoje abastecem os mercados nacional e internacional. Já na indústria, destaque para o setor têxtil e metalmecânica.

Além disso, ele enfatiza que a administração tem investido na exploração das belezas naturais. “Queremos que nossa cidade também conquiste este reconhecimento: uma das melhores regiões do Estado para se visitar.”

O potencial do ecoturismo tem sido pontuado já que o município se destaca pelas inúmeras cachoeiras, entre elas, a mais famosa, a 14ª cachoeira da Rota das Cachoeiras, denominada Salto Grande, que possui 125 m de queda livre, além de outras belezas naturais.

Cultura

De acordo com Roseli, a alegria do povo corupaense continua nos bailes e nas festas de Rei e Rainha das Sociedades, no tradicional som do bandoneon e dos grupos de acordeões. Na esquina das ruas onde se ouve as pessoas falando a língua alemã, italiano e polonês.

Na dedicação do trabalho manual dos artesãos e nos encantadores grupos de dança gaúcha. Na concentração dos que fazem teatro e que levou o município a ter uma atriz global, a Bruna Linzmeyer.

“Ainda somos regados da nossa deliciosa gastronomia e do café, produzido por algumas famílias de Corupá. Assim é o nosso corupaense: forte, guerreiro, determinado e muito alegre”, enaltece.

Muita luta e determinação marcam o ano de 2020

Gottardi detalha que apesar da arrecadação ter aumentado nos primeiros anos do atual governo, que passou de R$ 42 milhões para mais de R$ 50 milhões, neste ano, haverá uma redução devido à crise em relação a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

“Tivemos que cortar alguns projetos que sonhávamos cumprir em nossa gestão. O foco foi totalmente para a saúde e na vida das pessoas. Agora, vamos também trabalhar para restabelecer os estragos feitos pelo ciclone extratropical que ocorreu na última semana”, finalizou.

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