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O que acontece com seu corpo quando você consome pimenta?

Por: Priscila Horvat

30/09/2024 - 14:09 - Atualizada em: 30/09/2024 - 14:39

A natureza oferece diversos tipos de pimentas, aquelas pequenas notáveis que, apenas ao lembrar, a boca já se enche de água pela sensação de ardência que a memória traz. Mas, afinal, o que será que acontece no corpo quando se consome pimenta?

Pimenta-dedo-de-moça, jalapeño, pimenta-preta, pimenta-do-reino, pimenta-de-cheiro e por aí vai. Em cada família, sempre há uma predileta, que sempre faz parte das receitas. Porém, não necessariamente em pratos apimentados.

Essas diferentes opções de pimentas oferecem um leque de opções de cores, formatos, sabores e também de “níveis” de ardência e podem ser usadas das mais variadas formas: em pó, picada, inteira, como molho, fresca, seca, defumada, em conserva…

O que faz a pimenta ser mais ou menos picante é a capsaicina, um composto natural que está presente principalmente nas sementes e nas nervuras da casca. Tanto que existe até a Escala de Scoville, criada em 1912 pelo cientista Wilbor Scoville para definir os níveis de “picância” de cada tipo de pimenta.

Essa escala mostra os tipos mais comuns de pimenta. Para chegar a essa classificação, Wilbor fez o seguinte experimento: uma xícara de pimenta, que equivale a 1000 xícaras de água, corresponde a 1000 SHU. Com base nessas informações, a escala, do nível zero de ardência para o maior nível de “perigo”:

  • Pimentão: 0 SHU;
  • Pimenta biquinho: 1000 SHU;
  • Pimenta jalapeño: 2 500 – 8 000 SHU;
  • Pimenta dedo-de-moça: 5 000 – 15 000 SHU;
  • Pimenta serrano: 10 000 – 23 000 SHU;
  • Pimenta cumari: 30 000 – 50 000 SHU;
  • Pimenta caiena: 30 000 – 50 000 SHU;
  • Pimenta malagueta: 50 000 – 100 000 SHU;
  • Pimenta habanero: 100 000 – 350 000 SHU;
  • Spray de pimenta: 2 000 000 – 5 300 000 SHU;
  • Capsaicina pura: 15 000 000 – 16 000 000 unidades de calor (SHU);

Algumas pessoas possuem uma sensibilidade aos níveis mais altos de ardência, mas não a ponto de a pimenta ser considerada como um malefício ao organismo, muito pelo contrário: estudos comprovam que, por trás daquela sensação tão única de formigamento na boca, ela oferece benefícios ao corpo, como:

  • Aumenta a libido;
  • Aumentar as defesas do organismo graças às suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias;
  • Auxilia na perda de peso;
  • Fortalece o sistema imunológico
  • Melhora a saúde do cérebro;
  • Menos chance de sofrer um ataque cardíaco;
  • Regula o açúcar no sangue;
  • Rica em antioxidantes, vitamina C e vitamina A.

Porém, vale lembrar que, assim como qualquer alimento, o consumo da pimenta, em excesso, pode gerar efeitos colaterais desagradáveis, como desconforto digestivo, dor de cabeça, aumento da temperatura corporal e irritação do revestimento do estômago.

De modo geral, o consumo de pimenta também é contraindicado para pessoas hipertensas, com doença de Crohn, síndrome do intestino irritável, gastrite, úlceras ou hemorroidas.

A seguir, conheça as formas de consumo mais comuns das pimentas:

  • Pimenta biquinho: conservas, geleias, molhos, saladas e peixes;
  • Pimenta caiena: carnes, chocolates, molhos, omeletes, peixes e sopas;
  • Pimenta dedo-de-moça: conservas, molhos e saladas;
  • Pimenta jalapeño: nachos, salsas e tacos;
  • Pimenta malagueta: acarajé, carnes e peixes;
  • Pimenta rosa: chocolates, carnes vermelhas, saladas e sorvetes;
  • Pimenta-de-cheiro: conservas, cozidos e ensopados;
  • Pimenta-do-reino: usada em quase todos os tipos de pratos.

Consumindo com moderação, a pimenta pode dar cor e sabor às receitas e ainda trazer benefícios ao corpo. Experimente!

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